Região vende mais para o exterior do que importa
"Leiria e Marinha Grande exportam mais de metade do distrito"
Contrariando a balança comercial deficitária que, de forma geral, caracteriza a economia do País, o distrito de Leiria registou em 2009 um volume de exportações superior ao das importações. Para esse cenário, contribuíram, principalmente, os concelhos da Marinha Grande e de Leiria que, em conjunto, exportaram mais de metade (54%) do que todo o distrito.
De acordo com os dados do Instituto de Nacional de Estatística (INE), no ano passado, as importações custaram a Portugal mais de 50 mil milhões de euros, sendo que o País só conseguiu exportar o equivalente a 31 mil milhões de euros.
Por oposição, no distrito de Leiria, as importações corresponderam a cerca de 862 milhões de euros, valor largamente superado pelas exportações, que atingiram cerca de mil milhões de euros.
A nível distrital, os concelhos que mais exportaram foram Marinha Grande (301 milhões de euros) e Leiria (279 milhões de euros), seguidos por Alcobaça (134 milhões de euros) e Pombal (mais de 84 milhões de 500 mil euros).
No distrito de Leiria, os produtos exportados relacionaram-se principalmente com o sector das indústrias transformadoras, mas também com o comércio por grosso e a retalho, a reparação de veículos automóveis motociclos e de bens de uso pessoal e doméstico.
O mercado europeu foi o principal destino das exportações. Na Marinha Grande, os valores mais altos das exportações foram conseguidos nos mercados espanhol (93 milhões de euros), alemão (65 milhões), francês (40 milhões) e norte-americano (11 milhões). Já em Leiria, os valores mais altos das exportações foram alcançados com Espanha (86 milhões de euros), Angola (52 milhões), Alemanha e França (ambos na casa dos 38 milhões de euros).
SECTOR DOS MOLDES SOBREVIVE À GLOBALIZAÇÃO
Ao contrário das indústrias de cerâmica, de Alcobaça, que não resistiram ao fenómeno da globalização e à concorrência asiática, o sector dos moldes, com forte incidência na Marinha Grande e em Leiria, soube resistir à chegada do mercado global.
O economista Eduardo Louro explica desta forma que concelhos, como o de Alcobaça, tenham perdido a pujança económica de outros tempos, deixando a Marinha Grande e Leiria numa posição de destaque em matéria de exportação.
Os dados do INE não surpreenderam o presidente da Associação Nacional da Indústria de Moldes, Leonel Costa, “pois é nestes concelhos que se concentram as maiores indústrias exportadoras, de moldes e plástico, que exportam cerca de 90% da sua produção”. Pena é que não se exporte ainda mais, lamenta o presidente, lembrando constrangimentos como o elevado custo da energia e dos combustíveis.
(surripiado do Jornal de Leiria)
"Leiria e Marinha Grande exportam mais de metade do distrito"
Contrariando a balança comercial deficitária que, de forma geral, caracteriza a economia do País, o distrito de Leiria registou em 2009 um volume de exportações superior ao das importações. Para esse cenário, contribuíram, principalmente, os concelhos da Marinha Grande e de Leiria que, em conjunto, exportaram mais de metade (54%) do que todo o distrito.
De acordo com os dados do Instituto de Nacional de Estatística (INE), no ano passado, as importações custaram a Portugal mais de 50 mil milhões de euros, sendo que o País só conseguiu exportar o equivalente a 31 mil milhões de euros.
Por oposição, no distrito de Leiria, as importações corresponderam a cerca de 862 milhões de euros, valor largamente superado pelas exportações, que atingiram cerca de mil milhões de euros.
A nível distrital, os concelhos que mais exportaram foram Marinha Grande (301 milhões de euros) e Leiria (279 milhões de euros), seguidos por Alcobaça (134 milhões de euros) e Pombal (mais de 84 milhões de 500 mil euros).
No distrito de Leiria, os produtos exportados relacionaram-se principalmente com o sector das indústrias transformadoras, mas também com o comércio por grosso e a retalho, a reparação de veículos automóveis motociclos e de bens de uso pessoal e doméstico.
O mercado europeu foi o principal destino das exportações. Na Marinha Grande, os valores mais altos das exportações foram conseguidos nos mercados espanhol (93 milhões de euros), alemão (65 milhões), francês (40 milhões) e norte-americano (11 milhões). Já em Leiria, os valores mais altos das exportações foram alcançados com Espanha (86 milhões de euros), Angola (52 milhões), Alemanha e França (ambos na casa dos 38 milhões de euros).
SECTOR DOS MOLDES SOBREVIVE À GLOBALIZAÇÃO
Ao contrário das indústrias de cerâmica, de Alcobaça, que não resistiram ao fenómeno da globalização e à concorrência asiática, o sector dos moldes, com forte incidência na Marinha Grande e em Leiria, soube resistir à chegada do mercado global.
O economista Eduardo Louro explica desta forma que concelhos, como o de Alcobaça, tenham perdido a pujança económica de outros tempos, deixando a Marinha Grande e Leiria numa posição de destaque em matéria de exportação.
Os dados do INE não surpreenderam o presidente da Associação Nacional da Indústria de Moldes, Leonel Costa, “pois é nestes concelhos que se concentram as maiores indústrias exportadoras, de moldes e plástico, que exportam cerca de 90% da sua produção”. Pena é que não se exporte ainda mais, lamenta o presidente, lembrando constrangimentos como o elevado custo da energia e dos combustíveis.
(surripiado do Jornal de Leiria)
8 comentários:
No que respeita à Marinha Grande, não me surpreendo. E além disso, tenho a convicção de que se os tão badalados apoios à Exportação, chegassem às pequenas empresas, em vez de serem "mamados", pelos gestores dos Bancos e seus com-pinchas, o nosso concelho poderia aumentar substancialmente estes números.
Era bom que os espertos dos comerciantes pusessem os olhos nestes números...
Pois é. Esta notícia não me surpreende nada.
O que me surpreende muito é o facto da nossa região não ser devidamente valorizada por isso.
É verdade que temos de ser solidários (eu não embarco nas teorias do chefe do governo madeirense), mas que nos deveria caber algo mais que aquilo que cabe, lá isso devia!
Ao senhor Leonel Costa só faltou lembrar-se da indústria de vidro de embalagem. De resto, estou completamente de acordo com ele.
So falta é perceber poque e que uma terra com tão boa industriae e empreendedores não sai a 36 anos da cepa torta..se não fossem os empresários do sector privado a puxar as vezes pela Marinha isto seria pouco mais do que uma aldeia da serra mais remota do Pais...Ah e escusam de chorar por mais industria e tal para a Marinha pois aqui ela não tem servido para termos uam cidade lá assim grande coisa, um pouco mesmmo p´o atrasado a andar para trás....
Estou inteiramente de acordo com o anónimo anterior, mas o certo é que a população, no seu geral, continua a querer votar PS/PCP e, a continuar assim não vamos mesmo sair da cepa-torta...Vamos aos outros concelhos têm quase tudo, no nosso, falta quase tudo...Porque será?
(Ao anónimo anterior)
Na verdade não é bem assim, o PSD tem sempre dado uma mãozinha ao partido que ganha...!
Leio estes comentários e apetece-me perguntar: e serão só os políticos marinhenses os responsáveis por esta situação que reconheço ter algo de concreto, ou a culpa será também nossa, cidadãos marinhenses, que tanto gostamos de dar aplicação ao velho ditado que nos lembra que "a galinha da minha vizinha é muito mais gorda do que a minha"?
Por acaso já reparam como ficam desertas as nossas iniciativas, as nossas lojas, os nossos restaurantes e como vemos marinhenses por tudo o que é lado, fora de portas, a gastar o dinheirinho que por cá ganham?
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