Caros Marinhenses, Moitenses e Vieirenses:
Celebramos hoje 36 anos sobre o dia em que o nosso País marcou o encontro com o futuro. Os protagonistas, os factos e o contexto em que se deu a revolução marcaram para sempre o percurso de Portugal e ditaram que nada voltaria a ser como antes.
Foi graças a homens de coragem e de esperança que o regime foi derrubado. Deixo, por isso, a nossa homenagem aos Capitães de Abril, que lutaram para que hoje seja possível vivermos em liberdade. E, para evocarmos aquela noite de 24 de Abril de 1974, está em exposição na Praça Guilherme Stephens, durante este fim-de-semana, uma chaimite.
Nenhuma outra efeméride é tão oportuna para fazermos o balanço da nossa democracia.
Há ainda um caminho a percorrer no desafio de melhorar a sua qualidade e credibilidade. Ao Estado, às Autarquias, aos Partidos Políticos e aos seus titulares compete a responsabilidade de intensificar a democracia e contribuir para o prestígio das instituições.
A classe política deve ser alicerçar a sua intervenção em critérios éticos, de exigência e competência, pautando as suas decisões pela legalidade, rigor e transparência. É importante que todos adquiram confiança e respeito pela actividade política, nomeadamente os jovens de quem se espera uma atitude revitalizadora do sistema democrático.
O Portugal de ontem sonhou com a liberdade e com uma sociedade equilibrada.
O Portugal de hoje, embora possa estar marcado por alguma dualidade no seu desenvolvimento, é também um país de igualdade, promovendo igual acesso de todos os cidadãos aos seus direitos, sem privilégios ou limites.
“Em cada Rosto Igualdade”.
É este o lema que escolhemos para as comemorações do 25 de Abril, porque acreditamos ser possível construir uma sociedade mais justa, solidária e inclusiva, em que seja assegurada a justiça e equidade entre gerações.
Somos responsáveis pela sociedade em que vivemos e que é fruto daquilo que construímos diariamente.
O País precisa de crescer em termos económicos, mas também em termos cívicos. E esse tem de ser um compromisso de todos, entidades e cidadãos.
A actual conjuntura nacional e internacional exige uma atitude pró-activa, por parte de todos os agentes, quer sejam do sector público ou dos sectores empresariais, da educação e formação, da acção social, da cultura e do turismo, do desporto e do ambiente, que contribua para consolidar uma visão estratégica de desenvolvimento económico e social no Concelho.
À Câmara Municipal compete promover essa participação cívica activa como factor potenciador do investimento, da garantia das condições de emprego e riqueza e da melhoria da qualidade de vida dos seus munícipes.
As indústrias de vidro de embalagem, de moldes e de ferramentas especiais são um claro exemplo de reconhecimento a nível nacional e internacional, que têm apostado na incrementação da qualificação, nos processos de inovação, no empreendedorismo e na participação em projectos transnacionais.
Desde que tomei posse, tenho recebido dezenas de pedidos de empresários que desejam gerar a sua actividade económica no concelho. Fazem-no porque vêem na Marinha Grande um território de centralidade geográfica, com potencialidades, qualificações, know-how e competitividade.
Mas para que estes e outros empreendedores possam investir no concelho e os que já aqui se encontram possam potenciar os seus desafios empresariais, terão de ser garantidas condições à sua fixação. Esse trabalho deve ser assegurado pela Autarquia mas também pela Administração central.
Aguardamos do Governo o desbloqueio do alargamento da Zona Industrial da Marinha Grande, para termos condições de instalação de mais empresas, sendo certo que tudo temos feito para que tal seja uma realidade.
A Câmara Municipal está a desenvolver projectos que visam a melhoria das acessibilidades à Zona Industrial da Marinha Grande, à qual acorrem, diariamente, milhares de veículos. Pretendemos beneficiar o principal acesso – a Estrada dos Guilhermes - e construir uma ligação alternativa desta via à freguesia da Maceira.
As pessoas deste concelho são também motivo do enfoque do nosso trabalho. Preocupamo-nos com o seu bem-estar, criando medidas que as auxiliem.
Além do já anunciado apoio à natalidade, que deverá entrar em vigor ainda este ano e da oferta dos livros escolares a todas as crianças do 1º ciclo do ensino básico no próximo ano lectivo, ambicionamos criar creches para crianças até aos três anos.
Está em estudo a implementação a breve prazo de duas salas a funcionar 24 horas por dia nas instalações da antiga fábrica IVIMA, que sirvam mães e pais que trabalhem por turnos nas nossas empresas.
Serão criadas e implementadas medidas de apoio a famílias numerosas e desempregados, nomeadamente através da redução de preços dos serviços municipais.
Temos a firme convicção de criar melhores condições para as nossas empresas e de proporcionar uma melhor qualidade de vida para as nossas famílias, ambicionando um concelho mais próspero, capaz de enfrentar o presente e perspectivar o futuro.
Queremos fixar os jovens no nosso território e criar condições para que se sintam felizes e realizados na sua terra.
Contem com a Câmara Municipal para tornar o concelho da Marinha Grande um território de excelência, onde é bom viver, empreender, investir e ser feliz.
Trinta e seis anos depois, a melhor homenagem que podemos fazer ao 25 de Abril é respeitarmos a liberdade e tornarmo-la activa e inspiradora das nossas acções.
A liberdade deve ser um meio para vencermos os desafios. A liberdade não foi oferecida, foi conquistada, a pulso, durante décadas e por muitos homens e mulheres deste País que se debateram contra a opressão. É uma condição para a nossa realização individual e colectiva, numa sociedade plural e democrática.
Não deixemos que a erosão do tempo transforme o 25 de Abril numa mera efeméride.
Hoje e sempre, saibamos cumprir Abril!
Não adiemos o sonho dos que derrubaram a ditadura, porque como imortalizou o poema de António Gedeão, “A Pedra Filosofal”:
“Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida,
que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.”
VIVA O 25 DE ABRIL!
VIVA A LIBERDADE!
VIVA O CONCELHO DA MARINHA GRANDE!
VIVA PORTUGAL!
Álvaro Manuel Marques Pereira
Presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande
(surripiado do sítio da CMMG)
4 comentários:
Não aplaudo, porque já o fiz na Praça Stephens na noite de 24 para 25 de Abril.
No entanto a propósito de um paragrafo do seu discurso, queria lembrar ao Dr. Alvaro Pereira. que na Zona Industrial da Vieira, onde foram gastos muitas centenas de milhares de contos (ainda era a esta a moeda) existem pelo menos 5 lotes sem qualquer construção (a criar bicharada) e lembrar que o executivo anterior não promoveu uma só hasta publica em todo o seu mandato. Espero que não aconteça o mesmo com este executivo.
Nós Marinhenses queremos é obras concretas.6 meses já são suficientes para percebermos que nada ou pouco mudou.
O que é que vai ser feito na resinagem (antigo Mercado) ?E o novo mercado vai ser construido aonde ? se vai ?.E a zona Industrial para quando a sua expansão ? depois de tantos anos ainda andamos em negociações ?.E a remodelação do Teatro Stephens vai para a frente ? E a revitalização do Centro histórico está nas intenções deste executivo concretizar ?.Vamos ter piscina municipal ? O saneamento básico vai ser uma realidade em todo o concelho.
Estas são algumas das perguntas que queremos ver respondidas pelo Sr.Presidente.
Isto é que é grosso e fundamental para o desenvolvimento do concelho.E não um discurso de campanha eleitoral que o Presidente fez da varanda da Camara,já porventura a pensar na campanha eleitoral e também para esconder a incapacidade que estamos todos a assistir no desempenho deste executivo,que prometeu o céu e está a levarnos para o inferno.
È caso para dizer a Marinha Grande está estagnada e os nossos autarcas incapazes de conduzir o concelho no sentido do desenvolvimento,com uma estratégia clara e com um rumo que sirva o progresso da nossa terra.
ou seja..tem o que merece e nem mais uma virgula....são 35 anos de mais do mesmo,mas se é disto que povo cá da terra gosta e é o que tem de ter....
É pá, então o homem tem que fazer em 6 meses o que os outros não fizeram em 4 anos ?
Telham lá calma S.F.F, Tá bem ! Ora vejam lá isto, então queriam ouvir o chôr Presidente, dizer, que ia fechar as escolas e no seu lugar, vai abrir casas de alterne ?
O pessoal tem a memória curta, tem, tem, além de muito curta é ressabiada.
Cada coisa no seu lugar.
Por mim, que sou Cigano e não ando de serie 5, o homem vai conseguir fazer obra, mas… tem que ser ajudado, e começar a ver o que pisa, e saber quem o acompanha.
Então, daqui a 4 anos, vamos ver se ele merece o nosso voto.
Como me adizia o meu tio, Hermético Boa-Vida.
“Diz-me com quem andas, que eu saberei quem tu és!
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