Erro nas Autárquicas tira mandatos ao PS
O PS da Marinha Grande recorreu à justiça para tentar corrigir um "erro" que lhe retirou a eleição de três mandatos em duas das três freguesias do concelho, perdendo, inclusive, a maioria absoluta numa delas face aos resultados homologados nas últimas eleições. Em causa está o que os socialistas chamam "deficiente aplicação do método de Hondt", procedimento de cálculo aplicado na atribuição do número de eleitos nas Eleições Autárquicas, Legislativas, Regionais e para o Parlamento Europeu.
"Solicitámos à sra. dra. juíza que rectifique um erro material" resultado da "má aplicação do método de Hondt", afirmou ao nosso jornal a presidente da Comissão Política Concelhia do PS da Marinha Grande, Teresa Coelho, referindo-se à petição que aquele órgão partidário entregou no tribunal da capital vidreira, subscrito também pelas listas do PS candidatas às Assembleias de Freguesia (AF) da Moita e de Vieira de Leiria, e que foram encabeçadas, respectivamente, por Álvaro Vicente Martins e Joaquim Vidal Tomé.
Na eleição para a AF da Moita, e com base nos resultados homologados pela Assembleia Geral de Apuramento (AGA), os socialistas ficam prejudicados em dois mandatos, alterando profundamente os resultados, uma vez que com aplicação do método de Hondt deveriam ter elegido seis e não quatro mandatos, o que lhes retirou a maioria absoluta. Os dois mandatos em causa foram divididos pelo PSD e a CDU (coligação PCP-PEV), que, assim, obtiveram duas eleições cada e não uma, como sustenta o PS.
Naquela freguesia, de que resulta a eleição de nove mandatos, coube ainda a atribuição de um 'lugar' para a lista de Independentes, mandato esse que não está em causa.
"É um erro que nunca podia ter acontecido, porque o PS, sozinho, tem mais votos do que as outras forças políticas, logo, é evidente que o Partido Socialista tem a maioria absoluta", sublinha Teresa Coelho. De facto, na eleição de 11 de Outubro último, os socialistas tiveram na freguesia da Moita mais 22 votos (455) do que o total de votantes no PSD, CDU, BE e Independentes (433).
Por sua vez, no escrutínio referente a AF de Vieira de Leiria, o "erro" não permite ao PS chegar à maioria absoluta, mas retira-lhe um mandato, atribuindo-o à lista de independentes. Ou seja, perante os resultados homologados, o PS elege cinco em vez de seis mandatos. Simultaneamente, se o método de Hondt fosse devidamente aplicado, os independentes não alcançariam nenhum mandato. Quanto aos restantes eleitos, não se verificam alterações: PSD elege quatro, CDU dois e o BE um mandato.
"Um erro de matemática"
"A Assembleia [Geral de Apuramento] foi mal assessorada face aos erros", aponta Teresa Coelho. "Só ontem [leia-se terça-feira], quando o edital foi enviado para as juntas de freguesia, tomámos conhecimento oficial", adiantou.
A socialista refere-se aos resultados homologados pela AGA, que é constituída por um juiz, um delegado do Ministério Público, dois professores - por norma, de matemática -, representantes das mesas de voto e um funcionário da câmara, tendo as listas submetidas a sufrágio um prazo de 24 horas para reclamarem sobre os resultados homologados, o que deverão fazer para o Tribunal Constitucional. Os socialistas da Marinha Grande não o fizeram, porque, justificam, só anteontem tiveram conhecimento do erro após a publicação do respectivo edital nas juntas de freguesia em causa.
"Os partidos não sabem quando é feita a Assembleia Geral de Apuramento, por isso é que não demos, na altura, pelo erro, que, neste caso, é grosseiro", explica Teresa Coelho.
A presidente da Concelhia do PS esclarece que a petição entregue ontem em tribunal "manifesta o erro de cálculo" e pede uma "rectificação e reparação do erro material. A manter-se o erro, é uma violação da vontade do eleitorado", sustenta Teresa Coelho, frisando que se tratou de "um erro de matemática".
"Não há uma ilegalidade, mas um erro material. A lei foi cumprida mas foi mal aplicada", reforça a socialista, sublinhando que "a não haver uma rectificação" o PS "fica sem a maioria absoluta na Moita".
"É curioso como só retiraram mandatos ao PS", frisa ainda Teresa Coelho, manifestando a sua crença de que a petição entregue no Tribunal da Marinha Grande vai contribuir para repor a realidade dos resultados eleitorais.
(surripiado do Diário de Leiria)
O PS da Marinha Grande recorreu à justiça para tentar corrigir um "erro" que lhe retirou a eleição de três mandatos em duas das três freguesias do concelho, perdendo, inclusive, a maioria absoluta numa delas face aos resultados homologados nas últimas eleições. Em causa está o que os socialistas chamam "deficiente aplicação do método de Hondt", procedimento de cálculo aplicado na atribuição do número de eleitos nas Eleições Autárquicas, Legislativas, Regionais e para o Parlamento Europeu.
"Solicitámos à sra. dra. juíza que rectifique um erro material" resultado da "má aplicação do método de Hondt", afirmou ao nosso jornal a presidente da Comissão Política Concelhia do PS da Marinha Grande, Teresa Coelho, referindo-se à petição que aquele órgão partidário entregou no tribunal da capital vidreira, subscrito também pelas listas do PS candidatas às Assembleias de Freguesia (AF) da Moita e de Vieira de Leiria, e que foram encabeçadas, respectivamente, por Álvaro Vicente Martins e Joaquim Vidal Tomé.
Na eleição para a AF da Moita, e com base nos resultados homologados pela Assembleia Geral de Apuramento (AGA), os socialistas ficam prejudicados em dois mandatos, alterando profundamente os resultados, uma vez que com aplicação do método de Hondt deveriam ter elegido seis e não quatro mandatos, o que lhes retirou a maioria absoluta. Os dois mandatos em causa foram divididos pelo PSD e a CDU (coligação PCP-PEV), que, assim, obtiveram duas eleições cada e não uma, como sustenta o PS.
Naquela freguesia, de que resulta a eleição de nove mandatos, coube ainda a atribuição de um 'lugar' para a lista de Independentes, mandato esse que não está em causa.
"É um erro que nunca podia ter acontecido, porque o PS, sozinho, tem mais votos do que as outras forças políticas, logo, é evidente que o Partido Socialista tem a maioria absoluta", sublinha Teresa Coelho. De facto, na eleição de 11 de Outubro último, os socialistas tiveram na freguesia da Moita mais 22 votos (455) do que o total de votantes no PSD, CDU, BE e Independentes (433).
Por sua vez, no escrutínio referente a AF de Vieira de Leiria, o "erro" não permite ao PS chegar à maioria absoluta, mas retira-lhe um mandato, atribuindo-o à lista de independentes. Ou seja, perante os resultados homologados, o PS elege cinco em vez de seis mandatos. Simultaneamente, se o método de Hondt fosse devidamente aplicado, os independentes não alcançariam nenhum mandato. Quanto aos restantes eleitos, não se verificam alterações: PSD elege quatro, CDU dois e o BE um mandato.
"Um erro de matemática"
"A Assembleia [Geral de Apuramento] foi mal assessorada face aos erros", aponta Teresa Coelho. "Só ontem [leia-se terça-feira], quando o edital foi enviado para as juntas de freguesia, tomámos conhecimento oficial", adiantou.
A socialista refere-se aos resultados homologados pela AGA, que é constituída por um juiz, um delegado do Ministério Público, dois professores - por norma, de matemática -, representantes das mesas de voto e um funcionário da câmara, tendo as listas submetidas a sufrágio um prazo de 24 horas para reclamarem sobre os resultados homologados, o que deverão fazer para o Tribunal Constitucional. Os socialistas da Marinha Grande não o fizeram, porque, justificam, só anteontem tiveram conhecimento do erro após a publicação do respectivo edital nas juntas de freguesia em causa.
"Os partidos não sabem quando é feita a Assembleia Geral de Apuramento, por isso é que não demos, na altura, pelo erro, que, neste caso, é grosseiro", explica Teresa Coelho.
A presidente da Concelhia do PS esclarece que a petição entregue ontem em tribunal "manifesta o erro de cálculo" e pede uma "rectificação e reparação do erro material. A manter-se o erro, é uma violação da vontade do eleitorado", sustenta Teresa Coelho, frisando que se tratou de "um erro de matemática".
"Não há uma ilegalidade, mas um erro material. A lei foi cumprida mas foi mal aplicada", reforça a socialista, sublinhando que "a não haver uma rectificação" o PS "fica sem a maioria absoluta na Moita".
"É curioso como só retiraram mandatos ao PS", frisa ainda Teresa Coelho, manifestando a sua crença de que a petição entregue no Tribunal da Marinha Grande vai contribuir para repor a realidade dos resultados eleitorais.
(surripiado do Diário de Leiria)
15 comentários:
Só retiraram mandatos ao PS porque os membros da AGP são uns perigosos infiltrados ao serviço de forças ocultas que têm de ser devotados ao ostracismo por mais de 10anos e presos em cadeias de alta segurança de modo a não verem a luz do sol...
Mas,falando mais a sério.Pode ser de facto um erro grosseiro,admito.Mas então para que serve o mandatário do PS ?Porque não esteve presente ? E se esteve porque é que não reclamou ?Não merece a pena vir dizer que não se sabia do dia da reunião da Assembleia de Apuramento,porque o dia e a hora estão na lei e não podem ser alterados.
Maior responsabilidade é o que se impoê nestes momentos e não dormir à sombra da vitória eleitoral da Camara.As freguesias também são importantes.Quem é o responsável por tamanho desleixo ?
Eu acho que sei quem é. Não foi o sem-pai-nem-mãe que nos governou 12 anos ?
Será que podemos estrapolar esta irresponsabilidade para aquilo que nos andou a fazer ?
Nem posso crer que isto seja verdade. De repente parece que acordei em África ou no Leste da Europa. Então e as responsabilidades, quem as assume?
Estamos mesmo na Terra das Cigarras"! Que cantam vitória, legitimamente, mas e as responsabilidades? Que se lixe... toca de festejar...
Isto é muito mau presságio para a Marinha Grande.
Não só não reclamaram para o Tribunal Constitucional,como deixaram passar os prazos dessa mesma reclamação.Começa mal este mandato com tamanha irresponsabilidade.Vamos ver se não deixam também passar os prazos para o financiamento de 20 milhões de euros que existem em carteira de obras aprovadas nas candidaturas do QREN.
Não estaremos a fazer julgamentos precipitados, atribuindo responsabilidades ao calha a pessoas que se calhar não a têm?
Este pessoal anda a ler a bíblia pois andam à procura do culpado de todos os males do mundo…
No outro dia dei 20 euros para o miúdo ir buscar um maço de tabaco, trouxe-me 1 euro de troco.
O JBD alertou-me para eu saber se quem dá matemática aos meus filhos é uma das professoras da AGA.
Bom avatar…
Todos estes comentários são, no minimo, espantosos. Existe um erro grosseiro no apuramento de resultados oficiais. A culpa é, necessariamente, do partido visado! Espantoso não é? A pergunta fica no ar: quem se enganou nas contas e com que objectivo repetiu o mesmo engano noutra freguesia e prejudicando por (enorme coincidência) o mesmo partido político. A quem devem ser assacadas responsabilidades? Ao mandatário do PS, que, de resto, não estve presente nessa reunião? Á Presidente da Concelhia do PS, qu não esteve nessa reunião? Pois eu pergunto: Quem é a juíza que assinou esse edital? Quem são os professores de matemática que contabilizaram a atribuição de mandatos e aplicação do método de hondt? (será que algum deles tem filiação ou simpatia por alguma força política?) Quem são os outros subscritores dessa acta (será que são representantes de todas as forças políticas em confronto ou, por enorme coicidência, também são todos de uma só cor partidária?). Já sabemos que os bitaiteiros de serviço irão atirar a culpa para os PS (o único prejudicado com estas contas atabalhoadas e ractificadas por um conjunto de personalidades e uma Juíza de direito). Era como se o Presidente da República tivesse dado posse a Drª Manuela Ferreira Leite, baseado num apuramento falso de resultados eleitorais e o culpado desse erro grosseiro fosse afinal o Partido Socialista!). Sejam sérios e já agora tenham a coragem de ir ver quem foram os subscritores dessa acta vergonhosa de apuramento de resultados na Marinha Grande. Só para ajudar todos os curiosos, quem é a Profª de matemática que fez as contas??? Será casada com algum candidato nas listas do Partido Comunista??? Fica apenas a sugestão. É por essas e por outras que a matemática anda de rastos neste país. Enfim, ... coicidências!
Não acredito que esta ridicula situação não possa ser reparada. É nesse campo que se deve centrar a acção de quem tem poderes de representação das listas.
Também não acredito que alguém, deliberadamente, se expusesse num acto tão grosseiro e anti-democrático como seria o de adulterar as contas conforme sugerido em alguns comentários. Leigo como sou nestas matérias, ainda assim dá para ver que um tão evidente erro de forma não pode ter a reparação condicionada ao prazo de um dia, poderia ser má fé e que eu saiba, embora má, a nossa justiça não é a do Zimbabwe.
Porém, sem intenções inquisitórias, peço a quem sabe o favor de nos informar, quem e em que qualidade constituiu a Assembleia Geral de Apuramento e também quem e em que qualidade, devia estar presente e faltou.
Quem, como eu, votou numa das listas, no caso a da Vieira, merece perceber todo este estranho processo, sob pena de nos julgarmos perante mais uma dolorosa machadada na credibilidade das instituições.
o anónimo das 14:28 é de certo um especialista na matéria,por isso deu ajudas preciosas para a resolução do erro cometido na AGP.Descobriu uma inventona supostamente praticada por rebeldes e perigosos comunistas.Não há pachorra para tamanha mediocridade e para tanta má fé.
O que se precisa é rápidamente repor o erro,nem que para isso seja necessário apelar à intervenção de todos.E não é dificil dado tratar-se de um erro cometido não por má fé,mas por descuido.Não se procurem fantasmas onde não existem.Que houve por parte dos responsáveis do PS incúria,isso houve.Mas isso não é motivo para alteração indevida dos resultados eleitorais.E o anónimo por muito que seja fanático tem de ter mais abertura de espirito,senão não vai longe...
Má fé????? da parte de quem, já agora? Nunca pensei dizer isto, mas resultados fabricados era no tempo do Salazar. Para os lados da Vieira era no tempo do Albano Feteira e seus apaniguados. Agora comunistas a fabricar resultados eleitorais... em Portugal é uma novidade, já na antiga URSS...era prática corrente!
O anónimo anterior deve ter uma costela de homem do antigamente.Pensa muito na perseguição e cá para mim usa uma linguagem própria do Estado novo.Já teve tempo de se reciclar.Ou burro velho já não toma ensino ?
Mais uma vez e para os lados da vieira quem se está a rir é o rei Afonso Henriques póis vé a sua posição mais reforçada, com estes resultados ganha mais força podendo assim fazer o seu jogo.
Enfim os que tiveram mais votos não tem legitimidade para trabalhar por isso perderam e os que perderam impõe cndições por ganharam.
Vai-se lá entender isto ...
caro botija de gas o amigo nao ve que estas coisas sao mesmo para nao entendermos nao foi so na vieira na moita tambem foi assim,mas mais grave tirarem a maioria a quem a teve, para que ir votar se depois a vontade dos eleitores nao e respeitada e os resultados sao alterados.
como e que vao tomar posse hoje na moita quais os resultados a respeitar.
mas que grande confusao
Contas bem feitas e a CMMG,não mudou! Ou será que mudou?!
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