Barros Duarte abandona PCP ao fim de 50 anos de militância
O ex-presidente da Câmara da Marinha Grande, João Barros Duarte, desfiliou-se do PCP ao fim de 50 anos e transmitiu a sua posição numa carta enviada ao Comité Central, onde, em seis páginas, explica as razões que o levaram à saída da presidência da autarquia, em Novembro de 2007.
"Os factos de que fui alvo por parte do partido, pela gravidade que assumiram, tiveram profundas consequências na minha vida, pelas quais tive de tirar as devidas consequências. E algumas, do foro pessoal, foram bem dolorosas pela crueldade que revestiram", refere o ex-militante do PCP, salientando que as consequências de cariz político manteve-as "silenciadas".
Num longo documento crítico em relação à forma como diz ter sido tratado nos últimos anos, Barros Duarte frisa não ter dúvidas de uma "premeditada aniquilação cívica, política e moral que desenvolveram" contra si, "com mentiras utilizadas até à indecência".
"Nisso usaram total indiferença pelo trabalho realizado até então, e pelo espírito de colaboração sempre demonstrado até à data, sem o direito de discordar e discutir no plano do interesse do partido, de ter ideias próprias e as manifestar nos locais próprios", acrescenta o ex-militante comunista, acusando alguns dirigentes do partido de terem "destruído a imagem pessoal que desfrutava junto de outros militantes" do seu ciclo de amizades, com quem conviveu e trabalhou "cívica e politicamente".
Seguiu-se "um período de continuados ataques até a despropósito, misturando o meu nome em documentos de troca de piropos em que se envolveram com o PS, numa ignóbil manobra de baixa política", esclarece Barros Duarte, referindo ao período após a sua saída da autarquia. "Acabando agora, mais recentemente, por encomendarem a alguns membros da Comissão Concelhia, seus lacaios, a suja tarefa de irem junto de nossos outros camaradas destruírem a imagem que eles tinham de mim, com mentiras e deturpações torpes e mentirosas. Envolvem nesse esquema de baixa índole, indivíduos sem escrúpulos, ainda por cima apostados em mesquinhas vinganças", acusa o ex-militante do PCP.
Apesar de abandonar a militância, Barros Duarte revela que continuará a ser comunista e que o partido é "necessário para assegurar a defesa dos interesses do povo", lamentando, contudo, a existência de "núcleos no partido onde a democracia não é respeitada. Por isso não posso continuar filiado de uma Organização onde tal acontece, onde continuo a ser agredido e onde por me terem tirado a confiança política e me continuarem a excluir, estou coarctado do exercício dos meus direitos civis e políticos. É com muita mágoa, mas porque a coerência não me deixa outra alternativa, que venho colocar ao partido a minha renúncia de militante", frisa na carta enviada à direcção nacional do partido.
"Não estava previamente acordada a renúncia ao mandato"
Tal como tinha referido na primeira entrevista publicada pelo Diário de Leiria após a saída da câmara, em Novembro de 2007, João Barros Duarte reitera a sua posição de que "não estava previamente acordado" a renúncia, a meio do mandato, à presidência da autarquia. "Aliás, isso não fazia sentido nenhum porque além de ser anti-democrático, constituía uma traição aos eleitores que me dessem a sua confiança, ignomínia a que conscientemente eu jamais me prestaria. Se assim tivesse acontecido, quando me chamaram ao partido para me anunciarem a sua decisão de correrem comigo, logo invocariam esse facto e não teriam tido necessidade de arranjarem a desculpa esfarrapada que arranjaram", frisa.
O ex-autarca revela ainda a justificação que lhe foi dada pelos dirigentes locais do partido para sua saída da autarquia: "O partido tem estado a analisar o trabalho da câmara e chegámos à conclusão de que as coisas não estão a correr bem. Está-se a degradar a tua imagem e a da CDU pelo que o partido decidiu que deves pedir a renúncia do mandato".
No final da mesma carta, o ex-autarca acusa alguns camaradas de "fedífragos" e de terem contribuído "para o definhamento do partido, em vez de o engrandecer", e a concluir reafirma porque deixa o partido. "Não por discordância ideológica, mas apenas porque fui miseravelmente utilizado e traído por camaradas arvorados em dirigentes locais completamente patetas e incapazes para a política".
"Estamos de consciência tranquila"
"Este pedido de desfiliação do PCP é resultado de um processo de ajustamento de Barros Duarte. Importa salientar que este pedido ocorreu há mais de um mês, pelo que esta divulgação para os órgãos de comunicação social só pode ser entendida como um elemento desvirtuador da verdade, que procura desviar as atenções do que é fundamental, que são as Eleições Autárquica. Mais, as atitudes ficam com quem as toma".
A Comissão Concelhia da Marinha Grande do PCP reage, assim, ao pedido endereçado ao partido pelo ex-presidente de câmara da 'capital vidreira' e consequente conhecimento que deu ao nosso jornal. "Estamos de consciência tranquila. Seja pelo desenvolvimento do nosso trabalho autárquico no concelho da Marinha Grande, quer pela equipa que apresentamos", acrescentou, em declarações ao Diário de Leiria, Filipe Andrade, responsável daquela Comissão Concelhia.
(surripiado do Diário de Leiria)
Nota da Comissão de Moradores
O dirigente local do PCP, Filipe Andrade, refere ao Diário de Leiria que a carta de Barros Duarte tem mais de um mês, questionando por isso a oportunidade da sua publicação. É no mínimo curioso que ontem à noite no debate promovido pelo Jornal de Leiria com os cabeças de lista às autárquicas, Alberto Cascalho, instado a comentar este assunto tenha dito que não conhecia o teor da carta. Das duas uma, ou equivocou-se ou andam-lhe a ocultar informação. Talvez seja esta segunda hipótese que tenha justificado a divulgação da carta por parte de Barros Duarte, para se assegurar que o seu ex número dois a pudesse conhecer. Está explicado.
(mas como não queremos que ninguém fique de mãos a abanar, vamos tratar do assunto…)
O ex-presidente da Câmara da Marinha Grande, João Barros Duarte, desfiliou-se do PCP ao fim de 50 anos e transmitiu a sua posição numa carta enviada ao Comité Central, onde, em seis páginas, explica as razões que o levaram à saída da presidência da autarquia, em Novembro de 2007.
"Os factos de que fui alvo por parte do partido, pela gravidade que assumiram, tiveram profundas consequências na minha vida, pelas quais tive de tirar as devidas consequências. E algumas, do foro pessoal, foram bem dolorosas pela crueldade que revestiram", refere o ex-militante do PCP, salientando que as consequências de cariz político manteve-as "silenciadas".
Num longo documento crítico em relação à forma como diz ter sido tratado nos últimos anos, Barros Duarte frisa não ter dúvidas de uma "premeditada aniquilação cívica, política e moral que desenvolveram" contra si, "com mentiras utilizadas até à indecência".
"Nisso usaram total indiferença pelo trabalho realizado até então, e pelo espírito de colaboração sempre demonstrado até à data, sem o direito de discordar e discutir no plano do interesse do partido, de ter ideias próprias e as manifestar nos locais próprios", acrescenta o ex-militante comunista, acusando alguns dirigentes do partido de terem "destruído a imagem pessoal que desfrutava junto de outros militantes" do seu ciclo de amizades, com quem conviveu e trabalhou "cívica e politicamente".
Seguiu-se "um período de continuados ataques até a despropósito, misturando o meu nome em documentos de troca de piropos em que se envolveram com o PS, numa ignóbil manobra de baixa política", esclarece Barros Duarte, referindo ao período após a sua saída da autarquia. "Acabando agora, mais recentemente, por encomendarem a alguns membros da Comissão Concelhia, seus lacaios, a suja tarefa de irem junto de nossos outros camaradas destruírem a imagem que eles tinham de mim, com mentiras e deturpações torpes e mentirosas. Envolvem nesse esquema de baixa índole, indivíduos sem escrúpulos, ainda por cima apostados em mesquinhas vinganças", acusa o ex-militante do PCP.
Apesar de abandonar a militância, Barros Duarte revela que continuará a ser comunista e que o partido é "necessário para assegurar a defesa dos interesses do povo", lamentando, contudo, a existência de "núcleos no partido onde a democracia não é respeitada. Por isso não posso continuar filiado de uma Organização onde tal acontece, onde continuo a ser agredido e onde por me terem tirado a confiança política e me continuarem a excluir, estou coarctado do exercício dos meus direitos civis e políticos. É com muita mágoa, mas porque a coerência não me deixa outra alternativa, que venho colocar ao partido a minha renúncia de militante", frisa na carta enviada à direcção nacional do partido.
"Não estava previamente acordada a renúncia ao mandato"
Tal como tinha referido na primeira entrevista publicada pelo Diário de Leiria após a saída da câmara, em Novembro de 2007, João Barros Duarte reitera a sua posição de que "não estava previamente acordado" a renúncia, a meio do mandato, à presidência da autarquia. "Aliás, isso não fazia sentido nenhum porque além de ser anti-democrático, constituía uma traição aos eleitores que me dessem a sua confiança, ignomínia a que conscientemente eu jamais me prestaria. Se assim tivesse acontecido, quando me chamaram ao partido para me anunciarem a sua decisão de correrem comigo, logo invocariam esse facto e não teriam tido necessidade de arranjarem a desculpa esfarrapada que arranjaram", frisa.
O ex-autarca revela ainda a justificação que lhe foi dada pelos dirigentes locais do partido para sua saída da autarquia: "O partido tem estado a analisar o trabalho da câmara e chegámos à conclusão de que as coisas não estão a correr bem. Está-se a degradar a tua imagem e a da CDU pelo que o partido decidiu que deves pedir a renúncia do mandato".
No final da mesma carta, o ex-autarca acusa alguns camaradas de "fedífragos" e de terem contribuído "para o definhamento do partido, em vez de o engrandecer", e a concluir reafirma porque deixa o partido. "Não por discordância ideológica, mas apenas porque fui miseravelmente utilizado e traído por camaradas arvorados em dirigentes locais completamente patetas e incapazes para a política".
"Estamos de consciência tranquila"
"Este pedido de desfiliação do PCP é resultado de um processo de ajustamento de Barros Duarte. Importa salientar que este pedido ocorreu há mais de um mês, pelo que esta divulgação para os órgãos de comunicação social só pode ser entendida como um elemento desvirtuador da verdade, que procura desviar as atenções do que é fundamental, que são as Eleições Autárquica. Mais, as atitudes ficam com quem as toma".
A Comissão Concelhia da Marinha Grande do PCP reage, assim, ao pedido endereçado ao partido pelo ex-presidente de câmara da 'capital vidreira' e consequente conhecimento que deu ao nosso jornal. "Estamos de consciência tranquila. Seja pelo desenvolvimento do nosso trabalho autárquico no concelho da Marinha Grande, quer pela equipa que apresentamos", acrescentou, em declarações ao Diário de Leiria, Filipe Andrade, responsável daquela Comissão Concelhia.
(surripiado do Diário de Leiria)
Nota da Comissão de Moradores
O dirigente local do PCP, Filipe Andrade, refere ao Diário de Leiria que a carta de Barros Duarte tem mais de um mês, questionando por isso a oportunidade da sua publicação. É no mínimo curioso que ontem à noite no debate promovido pelo Jornal de Leiria com os cabeças de lista às autárquicas, Alberto Cascalho, instado a comentar este assunto tenha dito que não conhecia o teor da carta. Das duas uma, ou equivocou-se ou andam-lhe a ocultar informação. Talvez seja esta segunda hipótese que tenha justificado a divulgação da carta por parte de Barros Duarte, para se assegurar que o seu ex número dois a pudesse conhecer. Está explicado.
(mas como não queremos que ninguém fique de mãos a abanar, vamos tratar do assunto…)
31 comentários:
Álvaro Pereira deverá ser o próximo presidente de Câmara da Marinha Grande
http://www.jornaldeleiria.pt/portal/index.php?id=3821
Se as eleições autárquicas se tivessem realizado domingo passado, Álvaro Pereira, candidato pelo PS, seria o próximo presidente da Câmara de Marinha Grande. Numa sondagem encomendada pelo JORNAL DE LEIRIA à IPOM, o candidato socialista recolheria a preferência de 22,3% dos eleitores inquiridos que têm definido o seu voto. O candidato comunista e actual presidente de câmara, Alberto Cascalho, que, recorde-se, assumiu o cargo a meio do mandato após o afastamento de Barros Duarte, ficaria em segundo lugar com 11,2% das intenções de voto declarado.
Já António Santos, candidato pelo PSD, conseguiria 8,5%, ficando em terceiro lugar, à frente de Amândio Fernandes, do Bloco de Esquerda, com 6% e de Artur Pereira Oliveira , que concorre como independente depois de nas últimas eleições ter sido eleito vereador pelos social-democratas, com 5,7%. Dos eleitores inquiridos, 2,2% afirmaram votar em branco, enquanto 9,2% responderam que não votariam e 5,9% preferiram não responder. De realçar a elevada percentagem de eleitores que ainda estão indecisos – 29% - percebendo-se que ainda há margem para as várias candidaturas alterarem os seus resultados conseguidos nesta sondagem.
Supondo que os eleitores indecisos se comportariam de forma semelhante, proporcionando a sua distribuição aritmética, os resultados dos candidatos seriam: 39,8% para Álvaro Pereira, 20,1% para Alberto Cascalho, 15,3% para António Santos, 10,8% para Amândio Fernandes e 10,2% para Artur Pereira Oliveira (gráfico).
Como se pode observar pelo resultado da sondagem, a maioria absoluta não seria alcançada.
FICHA TÉCNICA
Esta sondagem foi realizada pelo IPOM - Instituto de Pesquisa de Opinião e Mercado L.da para o O Jornal de Leiria com o objectivo de conhecer a intenção de voto dos eleitores, caso as eleições autárquicas se realizassem no próximo Domingo. O universo é constituído por indivíduos de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 18 e 85 anos, recenseados e eleitores nas freguesias do concelho de Marinha Grande. A amostra é representativa do universo e é constituída por 597 entrevistas, que se encontram distribuídas da seguinte forma:
SEXO: Masculino: 296 (49,6%); Feminino: 301 (50,4%).
IDADE AGRUPADA:
18-24 anos: 73 (12,2%);25-29 anos: 62 (10,4%);30-39 anos; 119 (19,9%);40-49 anos: 110 (18,4%);50-64 anos: 112 (18,8%);65 ou mais anos: 121 (20,3%).
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Freguesia de Marinha Grande: 463 (77,6%)Freguesia de Vieira de Leiria: 106 (17,8%), Freguesia de Moita: 28 (4,7%)
O erro de amostragem deste estudo, para um nível de confiança de 95,5%, é de +/- 4,1 pontos percentuais. A selecção dos lares: como as entrevistas foram realizadas por telefone, procedeu-se a selecção aleatória simples a partir de uma lista de lares com telefone para cada uma das freguesias, para cada uma das freguesias foi respeitada a proporcionalidade eleitoral; A selecção da unidade amostral: foi efectuada uma amostragem aleatória estratificada proporcional em função de sexo e grupo etário para a selecção do elemento amostral (cidadão com idade compreendida entre os 18 e 85 anos, recenseado nas freguesias que integram o concelho da Marinha Grande). A recolha da informação foi efectuada através do método de entrevista telefónica e foi utilizado um questionário estruturado. A recolha da informação decorreu nos dias 24 e 25 de Setembro, das 19h às 22h e foi realizada por 15 entrevistadores, controlados por um supervisor, através do sistema CATI. Os resultados finais da intenção de voto foram obtidos através de uma distribuição aritmética dos Não responde, Não decidiu e Não votava.
Fiz uma pesquisa no google e redescobri as palavras de Barros Duarte em 13.12.2007 à LUSA.
Dizia ele que
“estava triste e amachucado”
“após este balde de água fria promovido por pessoas, os meus camaradas de partido, que me fizeram aquilo que a PIDE nunca conseguiu”
Barros Duarte acusou os " colegas do partido de compadrices, caprichos e incompetências, que fizeram contra mim uma campanha para corromper o meu nome a nível social e político”.
“Estupidez, má formação moral, incompetência politica, maldade, de 2 ou 3 camaradas do partido. Essas figuras, por não conseguirem impor as suas vontades e compadrices, caprichos e incompetências no exercício do cargo.”
Palavras para quê? Afinal o assunto está bem actual...
Uma vergonha, seja ele da CDU ou qualquer outro partido. AS pessoas não contam...são dispensáveis!!
É por isto que o PCP está a receber cada vez menos votos, menos expressão de concordância por parte da população, na MG e no país.
E se forem ver a média de idades dos seus eleitores, percebe-se que o futuro é sempre para pior, já que os mais novos estão a escolher o BE.
Sobre esta nota da comissão, que refere que o Professor Cascalho declarou não conhecer a carta do JBD, que afinal já tem mais de 1 mês, apenas um comentário:
O candidato da CDU, por trás daquele ar supostamente superior e honesto, é um manipulador, falso sonso, perigoso por ser dissimulado.
Perguntem sobre o seu carácter no sítio onde sempre deu aulas, seja a alunos ou colegas, e todos responderão: muito simpático, mas não é bom discordar dele.
Perguntem na camara, onde vagueia pelos corredores sem cumprimentar ninguém, sem se dignar olhar os funcionários.
Dissimulação é a sua forma de se relacionar com os outros.
Na expulsão de JBD disse que nunca soube de nada.
Agora não sabe da carta...
Claro que sabe, até porque Barros Duarte escreveu-a para ele e para o responsável da concelhia.
Como é o Cascalho se sujeita a uma coisa destas?
Ou realmente é muito falso como foi dito no post anterior que eu conhecendo como conheço da escola à mais de 20 anos não quero acreditar, ou andar enfeitiçado pela sede de poder e vaidade.
Tenho pena que a minha imagem de mais de 20 anos do Professor Cascalho esteja a ficar pela lama.
Eu fui aluno dele na escola,e tinha uma boa ideia dele, um pouco cara fechada, mas competente. Mas agora ouço frequentemente professores colegas dele a dizerem que mudou muito - está vaidoso, importante, e muito ligado ao partido, que antes não era tanto.
Nunca voto PCP mas gostava dele.
Hoje acho que o PCP manda nele, e esta história do Barros Duarte é um bocado estranha neste sentido: se ele não concordasse com o despedimento do Barros Duarte, bastava não aceitar ser o novo presidente. Tenho ou não tenho razão?
Não tenho em relação a João Barros Duarte qualquer antipatia pessoal, antes pelo contrário sempre tive com ele uma relação cordial. No aspecto politico partidário, sim. Isto nos tempos já longos em que militamos no mesmo Partido. Quando foi eleito pela primeira vez Presidente da Câmara tivemos várias divergências quanto ao seu comportamento enquanto tal. A concepção que tenho dum eleito a qualquer órgão autárquico na lista de um Partido político, obriga a que tudo se faça para realizar o programa submetido ao eleitorado por esse mesmo partido.
J.B.D sempre teve alguma dificuldade em trabalhar em colectivo. Recordo a realização de reuniões de eleitos em que eram definidas estratégias para resolver questões de interesse geral e fazia exactamente o contrário do colectivamente adoptado. No entanto nunca os dirigentes locais do PCP (da altura) encararam a possibilidade de o obrigar a suspender o mandato antes do termo para o qual foi eleito. Foi a seguir ao primeiro mandato de J.B.D (quando terminou) que a direcção local do PCP candidataria a Presidente, Emílio Rato, autarca experiente com vários mandatos de vereador, obtendo o PCP/CDU a maior maioria de sempre.
Mais tarde e quando Emílio Rato não estava, por razões de saúde em condições de continuar o PCP voltou a socorrer-se de J.B.D. Ganhando por maioria relativa, mas pouco depois da tomada de posse suspendeu o mandato por tempo indeterminado sendo substituído pelo José Luís de Sousa, mandato que só retomou no ultimo ano.
Em 2005 e depois de várias derrotas o PCP repetiu a receita, desta vez com o objectivo de pôr o J.B.D à cabeça utilizando o prestígio (especialmente nos mais idosos) do mesmo para logo a seguir o mandar gozar a reforma para S.Pedro de Moel. Parece que isto foi tudo combinado ao pormenor, mas o Presidente eleito ”roeu a corda” e foi o que se viu.
Não é nada de estranhar a atitude recentemente tomada e a altura escolhida. O carácter vingativo de J.B.D só podia dar nisto.
Quero só recordar que Joaquim Carreira foi expulso do PCP porque na primeira recandidatura escreveu num Jornal local um artigo com o título “Porque não voto em João Barros Duarte”
Caro Folha Seca, mas o que JBD diz na carta é precisamente o contrario que ele foi utilizado pela CDU e que não havia qualquer acordo de demissão pos eleitoral, falando inclusive de situações de compadrio no interior do Partido.
Mas o mais grave é que a carta ja tinha mais de um mes no Partido e apenas alguns a conheciam, inclusive o candidato a presidente desconhecia a mesma como o comprovou no debate de ontem.
Mais o actual responsavel local do Partido o menino Filipe Andrade (ao Diario de Leiria)limita-se a assobiar para o lado como se o JBD fousse um qualquer, quando o Folha Seca e muito bem afirmou que ele deveve ser respeitado e ouvido, alguem da concelhia do Partido tem de vir assumir as responsabilidades por todo este embroglio e vir esclarecer as graves acusações que a carta contem, sob pena da CDU na Marinha perder algo muito mais importante que as eleições que é a credibilidade.
Acabei de ver LGM e Cascalho em campanha muito juntinhos a fazer de conta que nada se passa, parece que nada esta a acentecer e que a dita carta não existe, isto é preciso ter uma pouca vergonha será que ja ninguem no PCP tem tino, entaão não ha um comentario uma explicação, a sede de poder cega as pessoas.
Não tenho por Barros Duarte qualquer simpatia,antes pelo contrário, mas tenho, isso sim, muito respeito pelos eleitores que há 4 anos lhe deram o voto. É por isso que o Sr. Alberto Cascalho, usurpando as funções para as quais não foi eleito, mentindo, faltando ao respeito ao seu Camarada eleito pelo povo, não merece qualquer consideração e respeito. Espero que no próximo dia 11 de Outubro os Marinhenses lhe dêem a resposta adequada.
E já agora... seria bom que fosse esclarecido antes de 11 de Outubro, se o negócio do Marinhense com o LeClerc não teve nada a ver com a expulsão de Barros Duarte da Câmara e a subida do Cascalho à Presidência.
Que giro!
O PS de facto tem muita sorte e não precisa de fazer nada.
Nas legislativas foi o PSD que deu uns tiros nos pés.
Nas locais temos o PCP com os pés furados em resultado dos tiros que tem dado (Dr. Cascalho, isto não é nenhum ataque pessoal é uma constatação).
Não me digam que quem ganhará as eleições será aquele senhor que lê muito bem (isto não é para condicionar, é só a gente a falar).
Quando for presidente (com aquela sondagem só pode ser ele a ganhar) o que é que acontece se se esquecer dos óculos, do papel ou de pedir a alguém para fazer o discurso?
Ainda outra pergunta.
Mas porque é que a CDU não pôe aquele senhor intelectual (ainda gostava de saber que profissão é essa)como candidato? Se é ele que manda escusava de mandar recados, fazia logo tudo.
Mas o Folha Seca é que os conhece a todos.
Recordam-se que quando o Constâncio publicou a carta lhe envio logo uma cópia? Também deve ser amigo dele. Ambos foram colegas do Barros Duarte no PC, estão chateados com o PS ... será que têm mais alguma coisa em comum?
Pois é no PS ainda se pode ler agora no PCP parece que escondem as cartas para ninguem ler, realmente tem piada, pelo menos esconderam do Cascalho, ou esqueceram-se de lhe mostrar a carta coitadinho.
Meus caros o PS vai ganhar porque tem as melhores propostas os melhores candidatos, gente séria e com provas dadas.
O anónimo das 17:37
Meu caro, confirmo tudo o que disse ou insinuou, e garanto-lhe que nada me pesa na consciência por ter sido camarada e não "colega" das pessoas que citou.
Quanto ao estar chateado com o PS não lho posso confirmar, mas de facto não gosto de algumas pessoas desse partido como se depreende de algumas coisas que aqui e ali fui dizendo.
No que respeita às proximas autarquicas (e para que não restem duvidas) estou com a candidatura do PS e acredito que seja a melhor equipe das que vão ser sufragadas. Quanto ao que possa ter em comum com o A.Constancio, tenho uma longa amizade. Chega?
Depois desta bagunça da CDU, Barros Duarte versus Alberto Cascalho versus Filipe Andrade versus povo da Marinha Grande, só me resta uma alternativa para limpar a imagem do meu concelho vou mudar o meu sentido de voto de longos anos...VOU VOTAR NO PS
Pobre Barros Duarte, apesar de tudo merecias mais respeito dos teus Camaradas tu que deste sempre a cara pelo Partido, tu que foste sempre um homem vertical, tu que punhas sempre o Partido acima de tudo, tu que eras um Comunista de longa data, de coerencia e de verticalidade não merecias esta desconsideração sobretudo por aquele que o povo não elegeu e que te roubou o lugar.
Sou amigo de João Barros. Embora não seja um amigo do peito, retribuo-lhe a gentileza com que sempre me tratou… e não poucas foram as vezes que, em múltiplas situações, nos cruzamos!
Apesar de não ser comunista e de nunca ter votado nele, reconheço que JBD é um homem de causas e uma pessoa honesta.
Os seus piores defeitos deverão ser a teimosia e a irascibilidade (de facto, o seu ponto de ‘ebulição’ é muito baixo!), mas daí até merecer o tratamento de ‘facada nas costas’ que recebeu vai um passo de gigante! Os factos que com ele se passaram não lembravam a ninguém a não ser a gente que da política tem ideias demasiado ‘stalineanas’ (e essa gente abunda no PCP).
Muito honestamente, tenho de dizer que me mete medo ter gente como essa a governar o meu concelho. Oxalá os marinhense, os vieirenses e os moitenses tenham a sabedoria suficiente para dizer à CDU que ‘mais disto não, obrigado!
Fecho este tema triste e passo a comentar uma afirmação do ‘anónimo 2 Out. 17:37 a qual transcrevo:
“Não me digam que quem ganhará as eleições será aquele senhor que lê muito bem (isto não é para condicionar, é só a gente a falar).
Quando for presidente (com aquela sondagem só pode ser ele a ganhar) o que é que acontece se se esquecer dos óculos, do papel ou de pedir a alguém para fazer o discurso?”.
A forma como se refere ao candidato em apreço, parece um simples exercício meio brincalhão, meio jocoso, mas não posso deixar de lhe dizer que prefiro ter, a dirigir a vida do meu concelho, alguém que não tenha dotes de oratória mas que tenha projectos sólidos e acção capaz de os por em prática, do que ter à frente do meu município alguém de verbo fácil e oratória sólida mas que tenha projectos vagos e uma comprovada incapacidade para realizar e dotar o nosso concelho de instrumentos vitais ao seu desenvolvimento de que tanto carece!
Se houvesse dúvidas quanto a esta última alternativa, basta que façamos uma análise, ainda que sumária, do que foi a actividade municipal nestes quatro anos, nomeadamente os dois últimos.
É certo que não precisamos de papagaios a liderar a nossa Cãmara.
Mas o senhor se quiser ser um bom presidente terá de fazer melhor o trabalho de casa senão não passa a sua mensagem.
Isto é uma caracteristica fundamental exigivel a um lider.
Quem assistiu ou ouviu os debates com os outros candidatos fácilmente se a percebeu que o António Santos e o Alberto Cascalho tinham feito minimamente o trabalho de casa.
E depois parece ferver em pouca água.
Este comentário não pretende atingir pessoalmente a pessoa do Dr. Álvaro Pereira. É apenas uma evidencia.
Penso que o PS tinha pessoas com melhor perfil e disponiveis para candidatar à presidencia da Câmara.
A polémica da CDU com o Barros Duarte, será um factor condicionador da votação da CDU e que ajudará certam todos os outros candidatos.
Pois é meus caros...mais vale um HOMEM autentico, sincero e honesto que se emociona e que e que se enerva do que um homem camaleão, um cordeiro com pelo de rasposa, cinico, e que a qualquer momento não olha a meios para atingir os seus fins. A prova está à vista, veja-se o que fez ao Presidente eleito,dando-lhe uma facada pelas costas deu-a a todos os que nele votaram. Se houvesse um minimo de vergonha e de ética este senhor agarrava na mala e ia à sua vida.
Meu caro amigo João Barros Duarte, essa carta de desvinculação do Partido pode levar-te à "frigideira" do Tarrafal. Tu próprio o disseste que nunca a PIDE te tinha feito o que os teus camaradas te fizeram. Talvez seja por isso que o usuroador do teu lugar de Presidente, o Cascalho, geminou a Marinha com o Tarrafal.
Tenho a sensação que o Barros Duarte (JBD) passou de "besta" a bestial e que agora até tem gandes apoios daqueles que apoiaram quem até lhe chamou de velho (recordo que foi o JPP) na última campanha para as autárquicas.
Todos nós já nos apercebemos da forma de funcionamento do PCP. O que aconteceu com o JBD não surpreende ninguém. Olhem para o Carreira que deu a vida e como está.
Mas daí até os anteriores adversários do BD acharem agora que ele é que era bom é muito estranho.
Muitos são seguramente os mesmos que o acusaram de falta de respeito por ter abendonado pelo menos uma sessão da AM e de estar contra os interessse do ACM.
Parece-me haver muita hipocrisia em muitos dos bitatites que tenho lido acerca deste caso.
O verdadeiro problema desse bitaiteiros não é o Alberto Cascalho ter usurpado, como dizem , o lugar. O problema deveria ser que o AC pode ganhar e já demonstrou não ter os atributos necessários para liderar os destinos do nosso concelho.
Mas nisso, embora de forma diferente, está ao mesmo nível do Alvaro Pereira cuja "autenticidade" revela fragilidades graves.
concretize por favor
Os primeiros parágrafos só muito claros.
Sobre o último parágrafo, se ler os bitaites anteriores, ouvir parte dos debates e conhecer um bocadinho as duas personalidades fica logo a perceber.
De todos os candidatos:
No que resta da cdu, temos o actual presidente em exercício, o tal que não sabe, não viu e não leu nada!
No ps, temos o benemérito e genuíno, o melhor presidente de junta que a nossa Marinha teve, o Dr. Álvaro Pereira, vereador sem pelouro ( o pelouro foi atribuído por J. Barros Duarte e retirado pelo usurpador do poder alberto cascalho. (o programa da cdu é o de 2005!)
Temos pelo psd o Dr. António Santos , promotor das "jamais" novas freguesias, da distribuição dos medicamentos. (ainda não vi o programa do psd, mas vi os gaiteiros!)
Temos o candidato do BE que ninguém sabe quem é,o que fez, ou faz. ( as propostas do vosso programa já estão feitas e concluídas!)
E temos o MCI que vai a votos na pessoa de Artur Pereira de Oliveira, o magnifico vereador do psd em 2005.
Vendo o perfil dos candidatos, pelo que fizeram e fazem pela Marinha Grande, depois de lermos os programas apresentados apenas por alguns, facilmente sabemos em quem vamos votar no dia 11 de Outubro!
Façam o favor de fornecer 6 caixas de xanax ao candidato Alvaro Pereira antes deste abrir a boca..o homem ainda tem uma sincope tal é pilha de nervos com que anda... até assusta!
Pois é...pois é...o candidato Àlvaro Pereira não precisa de xanax... está nesta candidatura calmo e de consciência tranquila. Será que a receita não é para o candidato Cascalho, esse sim anda nervoso como nunca, também pudera não andar, depois da carta do João Barros e da verdade dos factos não é para menos. Já o Luís Guerra Marques anda calmissimo porque é como se diz por cá "quem não tem vergonha todo o mundo é seu"
O candidato do PS foi tão bom Presidente de Junta que ........ perdeu logo, quando foi a votos.
É tão bom, tão bom, que para se fazer importante teve de "achincalhar" o JPP, que é (só) o mais alto responsável Distrital do seu próprio Partido.
Ganda moral, virem para aqui atirar pedras ao PCP.
Sanearam o Jorge Martins, o Rui Rodrigues, o JPP é o Telmo Ferraz estão lá por mera "cosmética" .....
vai ser lindo, vai .....
Ainda bem que vão PERDER
Sanearam também o Osvaldo, depois de terem saneado o Franklim e o Constâncio .....
(GANDA LISTA)
ALGUÉM ME PODE CONFIRMAR SE É VERDADE O SPORT LISBOA E MARINHA TER FEITO UM COMUNICADO A CRITICAR DURAMENTE ESTA CÃMARA? SE É VERDADE
PODIAM REFERIR O SEU CONTEÚDO
É verdade ....... é por causa do tratamento altamente discriminatório de que são alvo comparativamente com o A.C.M. (dizem eles)
Consta-se que vai haver manifestação organizada pelos pais dos atletas.Mas também se consta que alguém ligado ao Cascalho já telefonou ao Helder Serra a pedir para desmobilizar a manifestação informando que vão rever o problema. Enfim Cascalhisses.Eu já vi por ai numa das freguesias umas placas que dizem: MAIS CASCALHO NÃO, MAS SIM ALCATRÃO.se calhar teem razão.
Já agora mais uma, em todos os debates que houve com os candidatos era ver o Cascalho com 2 telelés a receber MSN's dos capangas agora dizes isto agora dizes aquilo.
O ditado é antigo quem sabe do convento é quem lá mora dentro, tivemos a resposta pelo JBD. Cascalho o melhor e
é ires candidatar-te na tua terra porque da M.Grande não sabes nada.Até tens o gabinete fora da Camara para ninguem te por a vista em cima.
O bitaite anterior é a maior tentativa de "branqueamento" que é possivel fazer sobre a performance que os candidatos à presidência da CMMG tiveram nos debates organizados .......
o "rei" dos SMS's foi o Aspirina Pereira .... aliás, quando não os pode ler, espalhou-se ao comprido.
Querem exemplos ??? Quantos ???
VERGONHA !!! Marionetas na Presidência da CMMG ... NÃO, OBRIGADO.
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