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segunda-feira, 22 de setembro de 2008

não fiquem já todos excitados...

CDU apresenta proposta de requalificação do mercado

...do Bulhôn

14 comentários:

Anónimo disse...

Tenho a certeza que a proposta para o mercado do Bolhon foi inspirada...se não mesmo uma cópia do mercado "abarracado" da Marinha Grande.

Anónimo disse...

Pois pode muito bem ser...
Mas o certo é que o barracame caíu no goto das pessoas! É ver aquele espaço sempre cheio...
Pelo que tenho visto (e ouvido), nem falem ao povoléu noutras soluções que não passem por uma coisa daquele gosto.
Se a rapaziada se sente bem com aquele tipo de espaço, pois que se mantenha, ainda que não exactamente naquele lugar!!

Anónimo disse...

Esta teoria de que o povo gosta é muito, mas mesmo muito engraçada. Não é que o povo também gostava de barracas na Praia Velha, nas Pedras Negras, nas Valeiras, na Polvoeira...
Vá lá ver, mandem abaixo o mercado velho e montem lá uma tenda de circo a ver se o povo também não gosta...

Anónimo disse...

Meu caro Beto,
Essa de comparar as coisas da forma que comparou, desculpe lá mas raia o anedótico.
Eu estive cem por cento contra o abuso que foi a construção das barracas na Praia Velha e nos outros lugares que refere (como, aliás, em todo o litoral). Eu estive contra a construção, que me pareceu sem qualquer lógica, do abarracado do mercado, mas como o frequento e oiço os comentários de quem lá está ou lá vai, e porque não me considero nem míope nem pessoa e ideias fixas, reconheço que este tipo de mercado parece ser o que melhor serve os consumidores e os vendedores, sobretudo pelo elevado grau de funcionalidade que apresenta.

E note-se que não defendo o mercado naquele local, que, por direito próprio, está destinado a outras funções que, de resto, tardam em ser satisfeitas.

Por isso caro Beto, não confunda e seja um pouco realista, que é de realismo que nós, marinhense e portugueses muito precisamos...

Anónimo disse...

Fez-se luz: O que está mal é o local, porque do resto, o Povo gosta!
Fica provada a genialidade do vereador Artur Oliveira.
Com o que se poupa na obra, já dá para acabar com a taxa da disponibilidade da água e, talvez, fazer mais umas lombazitas coloridas em sitios onde atrapalhem bastante e não façam falta.
Ah! e o mercado do Atrium? será que não há nenhuma igreja brasileira interessada? Ou nem para isso serve, por causa dos maus fluidos?

Anónimo disse...

Olhe ó 'alguém está a brincar comigo', cheguei a uma triste conclusão: quer então dizer que o que o povo diz ou o que lhe interessa, não conta. É isso?

Quanto à genialidade do vereador Artur, estamos falados. Não vou por aí, pois sou dos que sempre defenderam a ideia (porque conheço bem o homem), de que a sua actuação se iria pautar por um redondo fracasso e em prejuízos para a nossa terra... quanto a isso estamos conversados.

Quanto ao destino do Mercado do Átrium (que já defendi!!), essa de uma igreja brasileira poderia ser uma solução. À falta de melhor...

Só lhe digo meu caro que se o PS tiver a infeliz ideia de voltar à carga, no seu programa, com o Mercado do Átrium, está bem tramado.
Faço votos para que haja algum discernimento e, já agora, que o 'tal povo' seja ouvido!...

Anónimo disse...

Caríssimos:

Não sei quanto a outras cidades, mas aqui na Marinha, quem grita e esperneia tem o que quer. Senão vejamos: lá para os lados da Av. José Gregório tudo gritou e apareceram uns semáforos que só servem para empatar o trânsito; ali na Rotunda do Vidreiro a gritaria fez com que nascesse uma aberração no meio da estrada que até se torna um perigo rodoviário.

Em parte concordo com o beto, porque o povo nem sempre tem razão. O povo também adorava o mercado velho mesmo quando toda a gente sabia que andavam lá ratazanas do tamanho de coelhos. Inclusive, sabia-se que para lá entrar quando se abriam as portas, só acompanhado de um bastão para afugentar a rataria.

E assim como o observador ouve dizer bem do mercado, eu ouço pessoas que não vão lá porque a qualidade dos produtos hortícolas deixa muito a desejar e comprar peixe lá só depois de acabar o stock no Pingo Doce(sardinha, especialmente).

A conclusão pessoal que tiro deste assunto é que as pessoas nunca querem mudar. Preferem estar mal do que arriscar a mudança. O mercado velho era péssimo, mas não se mudava. Agora é o mercado abarracado que é bom e ninguém vai querer mudar. Mas se mudarem o mercado para umas instalações realmente em condições, ao princípio há guerra, mas depois também ele passará a ser o melhor do mundo!

Pergunta: a situação de os titulares dos lugares não estarem a pagar renda à câmara ainda se mantém? É que assim também eu diria que é maravilhoso para os vendedores. Vendo mercadoria sem factura (ou seja, em desigualdade com outras superfícies comerciais) e ainda por cima não pago pelo lugar. Assim, sim!

Anónimo disse...

Francamente estou a ficar atónito!
Não é que estou a descobrir que, afinal, existe muito mais gente para quem 'o povo' pouco conta, do que aquela que eu pensava existir cá no burgo?!
Meus caros, vamos lá a ver se nos entendemos. Quando eu digo (e afirmo) que o povo deve ser ouvido, é isso mesmo. O poder político deve tomar as decisões que se impõem na defesa dos interesses do colectivo e não no interesse de particulares ou de 'grupos de berradores'.
Isto é, os políticos devem saber ouvir para decidirem ponderadamente e no interesse da maioria.
Eu entendo que há para aí uns políticos que aprenderam em cartilhas cheias de dogmas e que enchem a boca com o nome do povo mas que decidem, não nos interesses desse tal povo, mas na perspectiva e interesses das cúpulas do grupo... (embora afirmem, a pés juntos, que é em nome do povo que as suas magnânimas decisões são tomadas!).

Refiro-me, como calculam, a um populismo, que repudio e com o qual não me identifico.

Mas entendo que O POVO (os cidadãos, ou os utentes, se assim preferirem) deve ser ouvido como forma de garantir que as decisões que venham a ser tomadas, possam servir, da melhor forma, os interesses do colectivo...

Talvez não tenha sido nada claro no que acabo de expor, mas eu entendo. Paciência... cá fico na minha e com este defeito de gostar de pensar 'um passo mais à frente’. Utopicamente, talvez. Admito. Mas como nasci assim, não me sinto nada mal na minha própria pele!

Anónimo disse...

Caro Observador
Pois que fique então o "barracame", como lhe chamou, a fazer de mercado, porque o Povo gosta! Convém não perder o fio, não se esqueça que foi aí, e por esse gosto observado, que nasceu a dissertação crítica sobre o respeito pela vontade do Povo, ou a falta dele.
Certamente nem todos os frequentadores gostam das barracas. Mas o que pensarão os outros, a esmagadora maioria dos munícipes que não vão a este, e muitos deles, nem provavelmente iriam a outro mercado?
Esta Câmara teria toda a legitimidade, ou não, para discordar do passado e adoptar soluções diferentes para o problema do mercado. Mas mesmo para “provisório” não serviria melhor o mercado do Atrium do que o “barracame” montado? Não acha que não é uma solução nada digna para um Município de progresso, que no século XXI (governa) uma cidade como a Marinha Grande?
Pode ter sido um erro, aquele investimento no Atrium. Mas está lá, abandonado, sem serventia – certamente porque o seu custo doeu menos aos marinhenses que o renegam, do que aos vizinhos, aos da Vieira, a quem a permuta impôs a construção daquela enormidade de cimento à beira mar.

Anónimo disse...

Caro observador,

Também eu sou a favor de dar a voz ao povo, mas por vezes dou por mim a pensar: "Então porque quase ninguém vota nos referendos?" ou ainda "Porque razão as eleições portuguesas têm uma tão elevada abstenção?" ou melhor ainda, "Porque é que autarcas que são arguidos na Justiça e a quem toda a gente conhece os podres continuam a ganhar eleições autárquicas?".

Pergunte-se ao povo se o dinheiro que foi gasto com os estádios de futebol do Euro não seria melhor aplicado na Segurança Social, hospitais, financiamento das forças policiais e o povo dirá que sim. Mas di-lo-à hoje. Na altura, não houve qualquer contestação contra dar um estádiozinho de mão beijada ao benfiquinha, ao sportinguinho ou ao portozinho, não foi?

Já disse aqui e repito-o: a técnica do Pão e Circo era usada na Roma Antiga com sucesso e ainda hoje funciona. Enquanto houver novelas e futebol na televisão, está tudo bem.

Ao fim ao cabo e onde quero chegar é que penso que nem sempre o povo sabe o que quer. Este comentário pode roçar o totalitarismo, mas é apenas o que eu penso...

Anónimo disse...

Mas afinal quem é que defendeu (ou defende) a permanência do 'barracame'?
Ou não me fiz entender ou não fui percebido, como diria o outro…
Eu explico: O que ficou demonstrado com um mercado daquele género, isto é, um mercado construído em superfície, de um só piso portanto, e com boas acessibilidades e condições de logística, é o que os marinhenses pretendem... e é isso que a autarquia lhes deve proporcionar.
Eu próprio, que conhecia bem as condições do Átrium o defendi, embora sempre tenha reconhecido as dificuldades de logística que o espaço e a área comportam, hoje reconheço que aquele espaço, para aquela finalidade, não tem saída.
Foi rejeitado.
Se estiveram com atenção ao que escrevi, verão que eu digo que o mercado NÃO deve ficar onde está, que aquele espaço não lhe é devido...
Há, pois, que encontrar soluções dignas que não passem pelo Átrium. Isso os marinhenses, pelo demonstrado, jamais entenderão. E as realidades devem ser encaradas mesmo que sejam duras.

Quando o Vieirense Lixado afirma... "Pode ter sido um erro, aquele investimento no Atrium. Mas está lá, abandonado, sem serventia – certamente porque o seu custo doeu menos aos marinhenses que o renegam, do que aos vizinhos, aos da Vieira, a quem a permuta impôs a construção daquela enormidade de cimento à beira mar."... meu caro, com este negócio esconso, foram prejudicados os vieirenses, mas não o foram menos os marinhenses.
É verdade que aquele espaço que custou ao erário público uma boa maquia está para ali abandonado e até vandalizado. Não esqueçamos que lhe arrancaram as bancas do peixe para instalar no barracame…
Isso é um facto. Mas é necessário que se encontre uma saída para aquela situação que a todos dói. Agora insistir num erro é que parece ser grave.
E olhe que aos marinhenses assistem outras razões de queixa bem complicadas também.
Por exemplo: já pensou que a Marinha nem uma piscina tem?... Bem mas esta é outra conversa que não vem ao caso agora!

Anónimo disse...

Oh Sr. Observador, o povo quer, o povo quer, mas qual povo? O mesmo que se cala com a imposição da Tarifa da Disponibilidade só porque o Executivo da Câmara é da sua côr? Será que a anulação do pagamento da taxa do contador da água não beneficiava todos os nossos munícipes? Então os tais que estão sempre ao lado dos mais desfavorecidos, tal como o Executivo da Câmara, quando têm uma pequena possibilidade de libertar os mais desfavorecidos do pagamento de uns pouquinhos euros já assobiam para o lado e não querem saber dos desfavorecidos para nada? E o POVO foi ouvido para opinar sobre esse assunto? Como vê, o povo é sereno. Por acaso o Sr. Observador esteve hoje no "mercado abarracado"? Se calhar não esteve, porque senão tinha uma surpresa desagradável. É que, contrariamente ao que diz, o "mercado abarracado" estava quase deserto de fregueses. E se a pergunta do Wolverine for afirmativa, então é mesmo uma maravilha: vender produto sem pagar qualquer imposto é uma maravilha.

Anónimo disse...

Vou aqui pôr um pouco de água na fervura...

Eu entendi o que o Observador quer transmitir: não defende a barraca mas sim o conceito. O problema é que de início mostrou que concordava com tudo ao dizer "Se a rapaziada se sente bem com aquele tipo de espaço, pois que se mantenha, ainda que não exactamente naquele lugar!!"... Essa afirmação valeu-lhe a catadupa de "desabafos" de alguns membros do povo que não se identificam com este "barraco" medieval...

Já se falou em passar o mercado para a periferia da cidade com bom estacionamento e acessibilidades, mas sinceramente eu não acho que isso vá acontecer, pois por cá tudo o que nasce provisório passa a definitivo. Como também não estou a ver o povo a reclamar um espaço em condições, então arrisco-me a dizer que aquele triste "edifício" se vai manter assim por muitos e largos anos...por vontade do povo.

Anónimo disse...

Se lá continuar esta coligação anómala, não tenho dúvida que a coisa se manterá tal como está até que se mantenha esta anomalia governativa - então não é verdade que estes grandes administradores têm de rentabilizar o investimento (ou será a despesa?) que obrigaram o Zé pagante a fazer??.
Mas se a coisa mudar, pode ser que tudo se resolva, sobretudo se houver coragem e bom senso.
E eu a pensar que a discussão sobre o mercado já morrido!
Enganei-me. O caso é a verdadeira encarnação da Fénix!
Safa que a coisa ainda pega fogo...