A Câmara da Marinha Grande pondera reduzir o horário de funcionamento dos bares, localizados na praia da Vieira. A possibilidade tem vindo a ser estudada pelo actual executivo, devido à ocorrência frequente de incidentes, junto à denominada "rua dos bares". O homicídio, no último fim-de-semana, de um jovem, de 25 anos, colocou o assunto na ordem do dia. Antes de ser tomada qualquer posição, a autarquia convocou, para segunda-feira à tarde, uma reunião com a junta de freguesia de Vieira de Leiria e a GNR.
Segundo o presidente da Câmara, Alberto Cascalho, "a redução do horário, actualmente alargado para alguns estabelecimentos até às 4 horas, está em cima da mesa, há já algum tempo". Não por actos de violência, como o que aconteceu na madrugada de domingo, por considerar que se tratou de um "caso esporádico", mas sobretudo por causa do impacto do ruído. "É uma zona residencial e os bares, quer queiramos quer não, perturbam o sossego das pessoas", refere. Admite o líder do executivo que, antes da próxima época balnear, o funcionamento dos estabelecimentos nocturnos pode vir a ter novas regras e a redução do horário para as 2 horas é uma "hipótese bastante plausível", considera.
O presidente da Junta de Vieira de Leiria, Paulo Vicente, mostra-se "preocupado" com o sucedido, sobretudo pela "imagem que uma ocorrência desta gravidade transmite". "Acaba por afastar as pessoas que apenas querem divertir-se por um bocado", lamenta. Lembrando que "os bares atraem muita gente à praia da Vieira, constituindo uma mais valia na divulgação e promoção da praia, sobretudo no Verão", frisa que "o assunto é muito delicado e tem de ser analisado com muita sensibilidade". De um lado, os moradores, do outro, os estabelecimentos nocturnos e a concentração de multidões. Lados diferentes que precisam de se juntar para o bem de todos, defende Paulo Vicente.
Para o autarca, para além do policiamento, que "é muito importante", é necessário um "esforço das diversas autoridades para que reforcem a fiscalização, tanto aos bares como aos seus utilizadores". "Se a presença das autoridades for conhecida e divulgada, quem lá for, por bem, sente-se mais seguro e quem tem más intenções se calhar já não vai", observa.
A Câmara garante estar atenta ao problema, limitando o horário de funcionamento até às 2 horas a todos os novos pedidos de licenciamento. Recentemente, foram dadas ordens de encerramento a um bar, que estava a funcionar ilegalmente.
(surripiado do Jornal de Notícias)
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