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quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Revista de Imprensa

"Concurso para linha TGV entre o Porto e Vigo vai avançar"

Eixo Porto-Vigo abriu primeiro concurso para escolher modelo de exploração. A estação internacional do Caia também está em andamento.

O projecto nacional da rede ferroviária de alta velocidade está a avançar nas três frentes, desde as linhas de Lisboa-Madrid e Lisboa-Porto, até à linha Porto-Vigo, que está mais atrasada.

O Diário Económico apurou que, na sequência da última assembleia geral da AVEP – Alta Velocidade Espanha-Portugal (agrupamento europeu de interesse económico), realizada em Dezembro, as duas empresas estatais ibéricas responsáveis pela alta velocidade decidiram avançar com o concurso público internacional para o estudo do modelo de exploração do serviço de passageiros de ligação ferroviária de alta velocidade Porto-Vigo. Este é o primeiro passo para a concretização no terreno desta linha de TGV, seguindo-se depois o estudo de impacto ambiental. Após a respectiva aprovação, avançar-se-á para o lançamento do concurso público internacional para a construção


(…)

Também na linha Lisboa-Porto, já sob a alçada exclusiva da RAVE, empresa estatal responsável pelo projecto de alta velocidade em território nacional, se registam avanços. Ontem, foi emitida a Declaração de Impacto Ambiental favorável ao traçado do troço Alenquer-Pombal, numa extensão de cerca de 120 quilómetros e com ligação à Ota, independentemente de ser aí construído o novo aeroporto. O traçado aprovado pelo Instituto do Ambiente prevê a localização da estação de Leiria a poente, ou seja, entre esta capital de distrito e a Marinha Grande. Segundo um comunicado da RAVE, “esta solução é também a que permite uma melhor articulação com a linha do Oeste, estando prevista uma ligação a esta linha na futura estação de Leiria, a executar em simultâneo com a construção da linha de alta velocidade”.

(surripiado do Diário Económico)

"Confirmada ligação da linha do Oeste com TGV em Leiria"

Em resposta a um requerimento interposto pelo deputado Feliciano Barreiras Duarte, o gabinete do ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações revelou que os estudos técnicos indicam que haverá uma ligação directa entre a linha do Oeste e a futura estação de alta velocidade de Leiria.
Será possível, "a partir da linha do Oeste aceder às duas localizações alternativas para a nova estação de Alta Velocidade de Leiria", permitindo assim a "articulação" entre as duas redes ferroviárias.
Esta solução irá "permitir a revitalização da linha do Oeste e constituir um forte apoio à sua modernização", conclui o Ministério, em resposta ao deputado social-democrata Feliciano Barreiras Duarte, que foi eleito pelo distrito de Leiria. “A intermodalidade e a dinamização da procura entre a rede de alta velocidade e a rede convencional são situações a promover” pela tutela e como a actual estação da linha do Oeste não pode ser incorporada na rede de alta velocidade fica garantido, pelo menos, a sua ligação.
Actualmente, estão em análise duas localizações para a nova estação de Leiria, "uma a nascente e outra a poente da cidade, a decidir em função da avaliação de impacte ambiental do troço Alenquer - Pombal, actualmente em curso".
A modernização do Oeste é uma das "acções prioritárias" da tutela, refere o gabinete ministerial, estando em curso a conclusão do Plano Estratégico para esta rede onde ficará estabelecido "o conjunto de acções a realizar na modernização desta infra-estrutura.
No requerimento, o deputado deu conta das preocupações da população do concelho de Alcobaça relativamente à nova linha de alta velocidade, lembrando os protestos dos moradores e da autarquia.
Em resposta, a tutela recorda que os dois traçados em discussão, a poente da Serra dos Candeeiros, terão sempre medidas de engenharia que visam a "minimização dos impactes negativos", através soluções como a construção de túneis e viadutos, a atenuação de ruído com barreiras acústicas, a garantia de locais de atravessamento para a fauna a que se somará depois a identificação e acompanhamento arqueológico de qualquer património detectado.

(…)

(surripiado do Diário de Leiria)

1 comentário:

Anónimo disse...

Independentemente do célebre TGV (que, pelo estado de evolução das coisas, ninguém sabe se virá a passar por aqui perto ou não), a malfadada Linha do Oeste, deveria merecer das entidades competentes uma atenção mais cuidada.
Todos vemos o estado deplorável em que ela se encontra e a cada vez maior desatenção e desinteresses que desperta nos seus possíveis utentes.
De facto, numa linha que pára no tempo e em que todos os serviços têm sido progressivamente eliminados, não é possível encontrarem-se respostas para as necessidades que hoje as pessoas têm.
Vamos a ver em que é param as anárquicas resoluções que se vão tomando (veja-se o caso do novo aeroporto e dos avanços e recuos dos traçados do tal TGV).
Tudo isto demonstra, à saciedade, o que nós somos como povo que, infelizmente, não sabe planificar a sua vida.
E, claro, de tudo isto resultam enormes desperdícios de recursos financeiros, económicos, de ordenamento e de planificação social.
E andam para aí os nossos políticos de pacotilha (sejam eles oposição ou governo) a pôr-se em bicos dos pés e a mandarem bocas!
Cambada de parolos é o que somos - TODOS nós...