"Autarquia suspende mandato de Barros Duarte"
A Câmara Municipal da Marinha Grande aprovou hoje o pedido suspensão do mandato do presidente João Barros Duarte (CDU) por um ano, devido a problemas de saúde
Alberto Cascalho, vice-presidente do executivo, assumiu a presidência com fortes críticas da oposição do PS.
Os três vereadores do PS, que se abstiveram, apresentaram na reunião uma declaração em que consideram a suspensão do mandato de Barros Duarte «um dos maiores golpes políticos da democracia portuguesa», traduzido no «saneamento que o PCP fez do seu presidente eleito».
«A ambição desmedida pelo poder fez com que o PCP tudo fizesse para afastar o presidente da câmara eleito», disse o vereador João Paulo Pedrosa.
O autarca socialista lamentou o processo que «paralisou totalmente o concelho, fez perder a confiança dos agentes económicos, da população e fez o concelho estar há muito nas primeiras páginas dos jornais como símbolo do anedotário nacional».
O PS considera que a substituição de Barros Duarte por Alberto Cascalho à frente da autarquia «não é legítima nem democrática».
«Resulta da usurpação do poder democrático. Ironia das ironias, a Marinha Grande, berço das tradições democráticas neste país, reedita hoje, pela mão do PCP, o tempo negro da ditadura fascista onde as câmara municipais eram designadas», acusou João Paulo Pedrosa.
Avisou também o novo presidente que os vereadores do PS farão «questão de lhe lembrar que esse lugar não é seu, nem tem nenhuma legitimidade democrática para o exercer».
O presidente da Câmara da Marinha em exercício até ao fim da suspensão de mandato de Barros Duarte, Alberto Cascalho, lamentou «a deselegância que algumas considerações transportam consigo".
Afirmando que a «a luta política na Marinha Grande atingiu contornos de autêntica guerra politico-partidária», recusou qualquer falta de legitimidade para liderar a autarquia.
«Não pode estar em causa a legitimidade quando as leis de um estado democrático são respeitadas na íntegra. Se alguém invoca a questão da legitimidade, só posso entender isso como estratégia politico-partidária, em absoluto contrária aos interesses do concelho», sublinhou.
Alberto Cascalho admitiu que espera um resto de mandato «bastante complicado» e acusou o PS de estar já em «autêntica campanha eleitora».
O substituto de Barros Duarte prometeu alhear-se «desses ataques descabelados, completamente inaceitáveis» e superar «os 'timings' apertadíssimos e os muitos assuntos que há por resolver», em virtude da falta de quórum verificada nas últimas três reuniões.
Hoje, Sérgio Moiteiro assumiu o lugar na vereação deixado vago por Barros Duarte, voltando a CDU a contar com três mandatos e com a maioria, garantida através do acordo pós-eleitoral com o PSD, que tem um lugar no executivo.
A reunião foi ainda marcada pela surpresa, quando João Barros Duarte, o presidente com o mandato suspenso, surgiu a meio da sessão.
O autarca, que no pedido de suspensão acusa os comunistas de tentativa de «assassinato político e social» da sua «minha imagem junto dos marinhenses» e de «processos ignominiosos para ver se conseguem os seus intentos, com o afastamento», agradeceu, comovido, o apoio de todos os vereadores, sem excepção.
Barros Duarte recusou, contudo, comentar um eventual regresso dentro de um ano.
(surripiado Lusa / SOL)
10 comentários:
Paz à sua alma.
Amigos, fui convidado para ser o braço direito do Presidente interino.
Estou tão feliz, foi reconhecido o meu valor.
E por isso como braço direito do Homem, avato desde já o seguinte.
Todas as declarações do Presidente suspenso são devido aos efeitos dos comprimidos.
Já as declarações dos vereadores serventuários são devido aos efeitos dos supositórios.
Deixem-nos trabalhar e lutar contra o Sócrates e todos os socialistas e o Duarte … responsáveis pelo teatro Stephens estar fechado, 12 anos de socialistas nunca limparam o teatro, 2 anos de Duarte nunca o limpou e agora com os cortes orçamentais Sócrates não nos deixa comprar os produtos de limpeza.
Em breve diremos onde irá decorrer a manif contra o Duarte e os socialistas. Esperamos com todos os marinhenses de bem e disponíveis para lutar pela limpeza do teatro.
Levem farnel, as bebidas são oferecidas pela coop. da Batalha e do Cartacho.
Vou reunir com os dos tambores, para fazermos um bom gabinete da presidência.
"A crise política que se viveu nas últimas semanas na Câmara Municipal da Marinha Grande parece já fazer parte do passado."
Vá lá, um chocolate Regina a quem adivinhar de que é a autoria de tão sábias palavras e de tão apurada análise política.
(eu dou uma ajuda: a publicidade dava um jeitinho do caraças...)
Estou farto de gente menor! Vou pedir asilo político a um concelho com outros horizontes.
Esse gajo do jornal e o avatar são uns vendidos.
Que paz podre!!
Então o PS que tanto prometeu e nada fez, então e as eleições antecipadas, nada, só fogo de vista?
Não estavam preparados?? É a pura das verdades!!!
São uns tristes!!!
Quanto ao vereador do PSD não tem vergonha na cara, só pensa no seu bolso.
Antes criticava os outros agora faz o mesmo - tacho!! O interesse do partido - nada.
Venham de lá os Independ...!!!
Até que enfim!...
Por toda a Marinha Grande ecoou um grande e prolongado suspiro de alívio.
O PêCêPê venceu!!
Vivó PêCêPê e todos aqueles que aplaudem esta vitória que pôs fim à imensa tragicomédia que se abateu sobre o nosso nobre concelho.
Com esta 'vitória de Pirro' respira-se de alívio na Casa Vermelha da rua Marquês de Pombal!
Será que respira?...
Ora "SUPÔNHAMOS":-
Primeira reunião com o executivo recauchutado.
Cascalho ao centro, Moiteirovsky à sua esquerda, muito à esquerda (para quem está na plateia), João Baião em posição intermédia e até um pouco desalinhada e Auto Colante, imponente nos seus cabelos brancos, à Direita, mas mesmo muito à direita.
Em frente, sem nenhuma ordem específica, para não dizer em total desordem, os rosas (não são os das bicicletas, são os outros um pouco mais à frente).
Na ordem do dia, os primeiros assuntos da agenda são as Obras Particulares e o Sr. Presidente substituto a título precário, dá a palavra ao seu vice, tão precário como ele, para apresentar os pontos da agenda.
Moiteirovsky levanta-se em sinal de respeito, cumprimenta o sr Presidente a prazo, lança um amistoso "caros camaradas" e para o AA "caro companheiro" (ficamos sem saber se ignorou os Rosas ou se os incluiu nos camaradas). Abre o processo de obras PC-1625/05 de 14 de Novembro de 2005 e diz:
-Está aqui este pedido de deferimento de um prédio de quatro pisos, com pareceres favoráveis, que tem andado a marinar nas gavetas há quase dois anos, porque se tinha receio de tomar uma decisão, mas eu cá não me acanho e quem me conhece sabe como eu enfrentei a GNR nas porradas de 1995. Isto podia ser aprovado, mas o requerente é um refinado fascista, fechou a empresa de berlindes e ficou a dever aos trabalhadores. Por isso, em nome da defesa da classe operária, proponho o indeferimento.
Tenho dito.
Até que enfim o quê??
Julga que vai mudar alguma coisa??
Isso seria até engraçado!!!
Deixe que Lhe diga caro "acintoso",
- não se iluda!!
Ficaram ainda mais fracos, se tivessem ido buscar o Prof. Toca a Fugir ainda podia ser que a coisa se alteraçe, mas assim não.
Será que o Caso "Portela" se vai resolver agora? Com o MonteirovsKy nas obras particulares!!!
Estou para ver!!
Senhor anónimo das 11:39PM,
Desculpe que lhe diga, mas, apesar de todo o meu esforço, não consegui descodificar o seu comentário.
Mas, se quer que lhe diga, quer-me cá parecer que o senhor não percebeu patavina do que quis dizer!
Alguem quer contar aqui aquela anedota do menino carlinhos...quando a professora lhe perguntou a profissão da mãe e ele respondeu que era "substituta"?
Eu não conto que não tenho jeito!!!
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