A autarquia informa que a acção decorre de uma imposição legal, e cuja limpeza deverá ser feita nas frentes particulares e fora do aglomerado urbano, o que deverá acontecer até 30 de Setembro.
"Os particulares devem manter as linhas de água em bom estado de conservação, procedendo à sua regularização, limpeza e desobstrução; e proceder à correcção dos efeitos da erosão, transporte e deposição de sedimentos, designadamente ao nível da correcção torrencial", faz saber a edilidade.
O município marinhense solicita ainda à população para não colocar manilhas em valas ou ribeiros que confinem com os seus terrenos, uma vez que "causam um grande afunilamento dos cursos de água, provocando facilmente cheias", explica.
"A colocação de manilhas pode parecer uma solução mas, rapidamente passa a um problema. As razões devem-se ao facto deste concelho ser praticamente plano e, por isso, há tendência para que as manilhas fiquem rapidamente tapadas por acumulação de areias. Existem, aliás, alternativas técnicas à colocação de maninhas", adianta a autarquia.
A câmara marinhense alerta ainda os munícipes para a obrigatoriedade de outros comportamentos decorrentes de um edital da Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Centro, como a limpeza e desobstrução do leito e margens das correntes e a retirada de materiais acumulados que poderão ser utilizados para o reforço das margens, o corte de árvores e arbustos existentes no leito e em obstrução à corrente, entre outros, e sobre os quais pode saber detalhadamente na Internet, nos sites da ARH (www.arhcentro.pt) e da câmara marinhense (www.cm-mgrande.pt).
Protecção Civil previne cheias
A câmara da Marinha Grande, através do Gabinete de Segurança e Protecção Civil e da Divisão de Ambiente e Serviços Urbanos, já está a proceder a trabalhos de prevenção de cheias, com a limpeza de valas, para evitar que as chuvas do Outono e Inverno obstruam as linhas de água e provoquem inundações. A acção decorre deste o último mês em 23 quilómetros de valas, dentro da malha urbana das freguesias de Marinha Grande, Moita e Vieira de Leiria.
"Para que a água possa fluir nas ribeiras e com o objectivo de evitar cheias, a limpeza deve ser feita cortando apenas as ervas e não arrancando as suas raízes. Porque as raízes das ervas, arbustos e árvores situadas nas margens das linhas de água seguram e preservam os taludes. Se forem arrancadas, proporciona-se que na primeira enxurrada todas as areias se soltem e sejam arrastadas para pontos mais baixos", explica a autarquia, sublinhando que o Gabinete de Segurança e Protecção Civil acredita que esta é a melhor forma de prevenir a ocorrência de cheias no concelho, a exemplo dos "bons resultados obtidos em anos anteriores".
A autarquia salienta que esses trabalhos decorrem apenas nos principais cursos de água e dentro da malha urbana, uma vez que, fora dessa, "a limpeza das linhas de água é da responsabilidade dos proprietários dos terrenos confinantes com as mesmas", conclui.
3 comentários:
Uma boa medida.
Espero que seja fiscalizada por forma a todos cumprirem.
Sugeria também que, em simultâneo, verificassem os tubos de esgoto que estão direccionados para as valas e ribeiras, transformando-as em verdadeiros esgotos a céu aberto.
São cenários dignos do 3º mundo.
ou dos Milagres ...
Uma boa medida, que deve ser aplaudida.
Contudo, há muito trabalho a fazer, junto dos munícipes, em relação ao lixo e á preservação dos espaços públicos.
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