CDU considera descida de IRS demagógica
Saul Fragata, líder da bancada da CDU, acusou o PS de praticar uma política de “Robin dos Bosques ao contrário”, na última reunião de Assembleia Municipal, uma vez que a descida de 1% das receitas do município provenientes do IRS, é como “tirar dos pobres para dar aos ricos”.
Os deputados da CDU abstiveram-se na votação e justificaram que não “chumbaram” a medida para não serem “acusados de estarem contra a redução de impostos”. Luís Guerra Marques, da CDU, salientou ainda que a proposta é “demagógica”, pois os principais beneficiários são “quem tem mais rendimentos”.
A taxa da derrama, que se manteve em 1.5% para as empresas que registem no ano anterior um volume de negócios superior a 150 mil euros e de 0.75% para as restantes, foi aprovada com 14 abstenções. Pedro André, líder da bancada do PSD, recordou que este é um imposto onde a “câmara pode interferir” e, na sua opinião, “tinha mais lógica apoiar as empresas do que os cidadãos, tendo em conta a redução do IRS”.
No que se refere ao Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), que também não sofreu alterações, tendo sido fixado em 0.70% para os prédios urbanos e 0.35% para os imóveis não avaliados, José Rodrigues, do Bloco de Esquerda, pediu o agravamento da taxa para os prédios devolutos. O deputado sugeriu à autarquia que faça o levantamento dos imóveis degradados.
Álvaro Pereira, presidente da câmara, revelou que já foi efectuado um estudo ao estado dos prédios no centro histórico, salientando que o próprio edifício da autarquia é um dos piores.
(surripiado do Jornal de Leiria)
8 comentários:
Por aqui se pode ver a lógica reinante na Assembleia Municipal...BLA,BLA,BLA...
Era bom o povo apreciar o desenvolvimento de uma sessão, podia ser que nas próximas eleições...
Estou confuso e não percebo qual o alcance duma medida destas. Também não vi qualquer explicação lógica.
É claro e não deixa qualquer margem para dúvidas que vai favorecer os municipes de mais altos rendimentos.
Penso que o que precisamos é de uma politica de apoio social aos mais desfavorecidos e de incentivo e apoio ás IPSS e outras instituições de solidariedade.
Claramente, a Câmara vai abdicar de uma receita que não tem qualquer efeito multiplicador no bem estar dos municipes.
Pelo que me toca quero agradecer à Câmara do PS,pois no próximo mês de julho,quando receber o reembolso do IRS,em vez de receber 2 mil e 500 euros,vou arrecadar cerca de 2 mil e 700 euros,mais 200 euros do que seria normal.Eu não fico nada chateado,mas manda a verdade é que quem me vai dar mais cerca de 200 euros é câmara,o mesmo é dizer os contribuintes,tal como eu que pagam impostos.
Mas o chato da questão é que cerca de 26606 titulares que fazem a declaração de IRS,vão arrecadar em média cerca de 50 centimos.Enquanto os restantes titulares de médios e altos rendimentos (cerca de 342) vão arrecadar em média 272 euros,sendo que 221 titulares receberão 200 euros,33 titulares receberão 289 euros e 88 titulares receberão cerca de 452 euros.Esta é a verdade nua e crua desta proposta,com critérios de justiça social à moda do PS.Então não era melhor agarrarem nesta receita que vão dar às familias de maiores rendimentos e distribuirem o bolo em apoios sociais a familias carenciadas.È só fachada e demagógia para vir enganar os encautos,que infelizmente todos os dias são vítimas destas politicas neoliberais de rosto socialista.
Para isso era bom que na lei do PS, do governo note-se, houve-se uma hipótese de colocar escalões até aos 5%, de forma a tornar mais equitativa esta redução de IRS. Nem sequer existe forma de vedar quem ganha uma "pipa" de massa...esses vão beneficiar do mesmo 1%...isto até dói.
Enfim, sem mais comentários, é mau de mais para ser verdade e não é só por causa da CMMG.
Foi neste PS para governo que votaram, não foi?
É interessante que a oposição não tenha chumbado esta medida completamente incompreensivel.
Também incompreensiveis são argumentos do PC. Quando são oposição estão sempre na linha da frente para aumentar a despesa. Para reduzir os impostos, mesmo de quem tem maiores rendimentos, está provado que também. Mas onde raio é que querem ir buscar o dinheiro para a despesa?
E o PSD porque é que se absteve?
E o BE?
Que raio, se todos acham que é injusto (e eu concordo) porque é que não votaram contra?
Será que é assim que estão a defender os interesses dos municipes?
Não percebo nada disto.
Estão todos loucos!
O abismo está cada vez mais perto com esta gente (de todos os partidos) irresponsável, incompetente e incapaz de assumir os interesses do municipio.
A oposição tem medo de votar contra tal estupidez?
Têm medo de ser acusados de forças de bloqueio? Então deixem andar que vamos pagar caro.
Dar dói e chorar faz ranho!
(dito popular regional)
A proposta terá saído em nome da coerência, mas caberia à Assembleia Municipal corrigir a mão, justificando. Os tempos que correm bem que justificariam a atitude e é supostamente para isso que lá estão os eleitos, para pensar e agir em nome dos eleitores e não para ornamento, ou de suporte aos que apenas gostam de se ouvir em retóricas rendilhadas e inconsequentes.
Porém, nada impede os beneficiados pela medida que se critica, e também os outros a quem a regra não fere tanto, de repor a moralidade, ofertando o valor da poupança forçada do imposto, às instituições de auxílio social que tanto minguam, ou converte-la em apoio directo. Peço desculpa pelo abuso da sugestão, até porque certamente já estaria agendada e só o pudor e a modéstia é que impedem a divulgação.
O Vento Norte não vive neste mundo.
Penso que a culpa ainda vai ser das pessoas que têm maiores rendimentos. Aliás, alguns até têm grandes culpas, os politicos que propuseram e os que não inviabilizaram). Esses são muito poucos e devidamente identificados.
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