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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Revista de Imprensa (actualizada)

(foto: Região de Leiria)


Quero uma política virada para a pessoa e a sua dignidade


O cabeça-de-lista social-democrata já começou a campanha para conhecer a fundos os problemas do concelho

1 - Iniciou, no mês passado, “Um dia com…”. O que levou à realização desta acção e por que razão escolheu a saúde para primeiro tema?
A minha vida tem sido um pouco desligada da política, por isso tenho de me inteirar das situações concretas e específicas para depois decidir e por isso decidi avançar com esta iniciativa. Escolhi primeiro a saúde porque a minha política vai ser dirigida para a pessoa e para a sua dignidade humana. Durante esta primeira acção, deparamo-nos com sectores que dizem que o SAP do Centro de Saúde da Marinha Grande vai fechar e com outros que pensam o contrário. O director do Centro de Saúde é dos que defendem que o SAP deve encerrar.

2 - Que modelo defende para o Centro de Saúde?
É necessário, sobretudo, humanizar mais os serviços. Melhorar a eficácia.

3 - Que outras acções estão previstas no âmbito de “Um dia com…”
A próxima é dedicada à educação e será no dia 10 de Março. Contamos com a presença de José Manuel Canavarro, que foi secretário de Estado da Educação no Governo de Santana Lopes. Vamos também dar prioridade ao encontro com os comerciantes, por causa do centro tradicional. Temos ainda planeado os temas de ambiente, juventude, forças de segurança e turismo.

4 - Na sua apresentação como cabeça-de-lista, mostrou-se confiante que irá ganhar a Câmara. Tendo em conta o historial do PSD na Marinha Grande considera, realmente, possível atingir o objectivo?
Sei que a tendência de voto na Marinha Grande vai para o PCP e PS, mas eu quero mudar tendência para o PSD. Há uma saturação destes partidos políticos. São os próprios apoiantes do PCP e PS que dizem que a Marinha Grande está uma lástima e que é tempo de mudar. Vou ganhar porque conto com os votos flutuantes. Há 6.000 flutuantes. É nesta franja que vou lutar. Vou procurar os votos dos indecisos. Se conseguir 50 por cento, ganho as eleições.

5 - O facto de ser o primeiro candidato a apresentar-se ao eleitorado tem vantagens?
Tem vantagens, mas também algumas desvantagens, porque pode existir uma saturação. Porém, também tem grandes vantagens. Se entrasse no decorrer da campanha dos outros candidatos não teria hipótese de apresentar as ideias. Agora é possível apresentar as minhas ideias de uma forma tranquila.

6 - Quais serão as suas prioridades caso seja eleito?
Quando digo que a política vai ser dirigida para a pessoa é em todos os sentidos. Desmaterializar, humanizar, desburocratizar a Câmara da Marinha Grande e torná-la mais amiga dos cidadãos é um dos problemas que tem de ser atacado. Penso que tenho algum traquejo para isso, dado ao meu currículo profissional. É necessário que os prazos dos licenciamentos das obras particulares sejam cumpridos.

7 - Essa tem sido uma promessa de todos os candidatos nos últimos anos. O que pode fazer de diferente?
Primeiro, motivar os funcionários. Quero contar com todos, independentemente do quadrante político. Esta é uma questão essencial. Depois, podemos partir para outras soluções. Ainda no capítulo das prioridades, quero dar atenção à revitalização do centro histórico. O saneamento, a revisão do PDM, o alargamento da zona industrial e a construção das variantes são as restantes. Se fizer isto, já coloco o concelho nos eixos.

8 - O assunto mercado municipal vai ser um dos temas a discutir durante a campanha. Que solução defende?
Temos de seguir as boas práticas dos outros. Os mercados da Nazaré e Figueira da Foz são junto aos centros históricos e funcionam bem. A minha intenção é mudar o quartel dos Bombeiros Voluntários para o Casal do Malta, que é uma boa ideia do PS e por isso deve ser aproveitada. No local das actuais instalações dos bombeiros, construía um parque de estacionamento subterrâneo em parceria com privados.

9 - Dê três boas razões para votar em si?
Apresento-me como independente. Não tendo nascido na terra, sou da terra. Sou uma pessoa com experiência e competência.


(surripiado do
Região de Leiria)

23 comentários:

Anónimo disse...

O candidato tem de trabalhar a resposta à questão 9. Ainda não me convenceu. Mas uma coisa tenho de reconhecer a seu favor, está a fazer o trabalho de casa. Bem ou mal (?), depois se verá.

Anónimo disse...

Quanto ao S.A.P, não fiquei esclarecido, o S.A.P , não precisa de ser humanizado, precisa é de ser materializado com todos os meios a que foi proposto.
E pelos vistos, só agora é que deram pela falta deles, se calhar foi a primeira vez que lá foram, dai ,as suas, só agora certezas. -“Ainda no capítulo das prioridades, quero dar atenção à revitalização do centro histórico. O saneamento, a revisão do PDM, o alargamento da zona industrial e a construção das variantes”.- Nada de novo, já li isto nas prioridades do psd em 2001, onde A.P.O era o melhor e o mais capaz de todos!
“ mudar o quartel dos Bombeiros Voluntários para o Casal do Malta, que é uma boa ideia do PS e por isso deve ser aproveitada!, É uma boa ideia!, não! Foi uma boa ideia que não foi aproveitada!, retirar hoje os Bombeiros do centro é mais uma facada no tal centro histórico e por isso, hoje é uma péssima ideia!
E o novo quartel, quem paga?, e, em que tempo é edificado!
Mais um acordo psd/cdu?
Assim sendo, como nasci na terra e não sou da Lua, e daqui já estou esclarecido, venha lá o próximo também com experiencia, com competência, com conhecimento do concelho e algo mais !

literal disse...

Apoiada a intervenção anterior.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Finalmente temos um candidato que afirma de forma categórica que aproveita as boas ideias mesmo que provindas de outros quadrentes politicos. A Marinha Grande já merecia um candidato com este perfil e capacidade...

Anónimo disse...

Quanto ao anónimo das 6,38, ao fazer uma afirmação daquele teor só mostra total ignorância e falta de saber.Cultive-se, estude...e outras coisas mais

Anónimo disse...

Conheço o Sr. Santos e reconheço que pertence ao grupo daqueles que sabe o que é preciso lutar na vida para se conseguir obter alguns objectivos. Mas daí a hipotecar o meu voto na sua candidatura vai uma distância inultrapassável.
Em primeiro lugar, porque não é um homem, por muito providencial que seja, que resolve os problemas. É necessário uma equipa, coesa, coerente e políticamente séria. Não vejo onde, no actual PSD, o candidato vai buscar o estímulo que lhe vai faltar para convencer os Marinhenses.
Quanto à entrevista, mesmo que retome projectos do anterior executivo do PS e honra lhe seja feita por isso, não me parece que haja solidez naquilo que avança, notando-se antes uma clara dificuldade em ser afirmativo no discurso.
Demolir o Quartel, ampliar o Parque e fazer parqueamento subterrâneo, não só é possível, como é urgente e inadiável.
Tal como o edifício da CGD, mesmo em frente, este mamarracho envergonha-nos e descaracteriza o que resta de um Centro histórico que não é, nem nunca foi, atraente.
Existe terreno no Casal do Malta e se se souber aproveitar a "onda" da necessidade de investimentos para criar emprego, também se arranjam financiamentos, desde que se tenha a noção do que são as necessidades de um Quartel e nâo se queira construir um "CCB".
Mas não pode o Dr. António Santos ficar por aqui, prisioneiro dos dogmas de alguns iluminados, que deixaram encerrar o mercado e ergueram barracas, recusando-se a testar uma solução que pode não ser perfeita e certamente não é, mas pelo menos, teria permitido avaliar, de facto e no concreto, se o Atrium era, ou não, uma solução. Se fosse, e eu estou convencido que ainda será, teríamos o Mercado Junto ao Centro da Cidade, os comerciantes do Centro Comercial alavancados pelo funcionamento dessa estrutura, o Leclerc, quando construido a servir de grande atracção a esta zona, os transportes Municipais a funcionar com os circuitos que já estiveram previstos e um Edifício, a Resinagem, com multi-funções, incluindo salas de cinema.
Deixem ficar a Epamg, dinamizem o Museu Vivo do Museu do Vidro, abram lojas de artesanato com produção ao vivo, remodelem o conceito de comércio, ajudando os comerciantes a reestruturar o seu negócio, apostando na especialização e na qualidade - "Sabores de Café" - "Mimos de Chocolate" - "Roupa interior de ousado design" - "A Casa do Bacalhau", etc, etc. Esqueçam o Bom preço, ou a Ourivesaria Pinto, ou..ou..ou..
Não é preciso e é contra toda a tendência que varre a Europa, abrir as estreitas ruas do Centro ao trânsito. Iluminem-nas bem. Façam montras bonitas. Instalem equipamento urbano de qualidade. Façam a gestão do parqueamento pago, ganhando os comerciantes para participarem na gestão dos lugares existentes e ponham os Autocarros a circular.
Em resumo, seja quem for que ganhe a Câmara e tenha a liberdade de pôr uma equipa a pensar pela sua própria cabeça ( o que exclui logo alguns concorrentes), tem que revelar coragem e capacidade de decisão sem se deixar influenciar pelo preconceito de poder estar a pôr de pé, ideias que não foram e são só suas.
Verdadeiramente iluminado, só o Universo.

Anónimo disse...

Ao anónimo das 6,37 quando diz que não há nada de novo. Não há nada de novo nem é preciso haver, enquanto houver obras de vulto para serem feitas.Um Presidente caracteriza-se pela obra feita em prol da comunidade local, ora os Governos anteriores não souberam fazer esta obra que falta.Por isso penso que A.Santos deve reafirmar neste ponto o que está por fazer...E é tanto, infelizmente...

Anónimo disse...

O Provincianismo Português (I)
Se, por um daqueles artifícios cómodos, pelos quais simplificamos a realidade com o fito de a compreender, quisermos resumir num síndroma o mal superior português, diremos que esse mal consiste no provincianismo. O facto é triste, mas não nos é peculiar. De igual doença enfermam muitos outros países, que se consideram civilizantes com orgulho e erro.
O provincianismo consiste em pertencer a uma civilização sem tomar parte no desenvolvimento superior dela — em segui-la pois mimeticamente, com uma subordinação inconsciente e feliz. O síndroma provinciano compreende, pelo menos, três sintomas flagrantes: o entusiasmo e admiração pelos grandes meios e pelas grandes cidades; o entusiasmo e admiração pelo progresso e pela modernidade; e, na esfera mental superior, a incapacidade de ironia.
Se há característico que imediatamente distinga o provinciano, é a admiração pelos grandes meios. Um parisiense não admira Paris; gosta de Paris. Como há-de admirar aquilo que é parte dele? Ninguém se admira a si mesmo, salvo um paranóico com o delírio das grandezas. Recordo-me de que uma vez, nos tempos do "Orpheu", disse a Mário de Sá-Carneiro: "V. é europeu e civilizado, salvo em uma coisa, e nessa V. é vítima da educação portuguesa. V. admira Paris, admira as grandes cidades. Se V. tivesse sido educado no estrangeiro, e sob o influxo de uma grande cultura europeia, como eu, não daria pelas grandes cidades. Estavam todas dentro de si".
O amor ao progresso e ao moderno é a outra forma do mesmo característico provinciano. Os civilizados criam o progresso, criam a moda, criam a modernidade; por isso lhes não atribuem importância de maior. Ninguém atribui importância ao que produz. Quem não produz é que admira a produção. Diga-se incidentalmente: é esta uma das explicações do socialismo. Se alguma tendência têm os criadores de civilização, é a de não repararem bem na importância do que criam. O Infante D. Henrique, com ser o mais sistemático de todos os criadores de civilização, não viu contudo que prodígio estava criando — toda a civilização transoceânica moderna, embora com consequências abomináveis, como a existência dos Estados Unidos. Dante adorava Vergilio como um exemplar e uma estrela, nunca sonharia em comparar-se com ele; nada há, todavia, mais certo que o ser a "Divina Comédia" superior à "Eneida". O provinciano, porém, pasma do que não fez, precisamente porque o não fez; e orgulha-se de sentir esse pasmo. Se assim não sentisse, não seria provinciano.
É na incapacidade de ironia que reside o traço mais fundo do provincianismo mental. Por ironia entende-se, não o dizer piadas, como se crê nos cafés e nas redações, mas o dizer uma coisa para dizer o contrário. A essência da ironia consiste em não se poder descobrir o segundo sentido do texto por nenhuma palavra dele, deduzindo-se porém esse segundo sentido do facto de ser impossível dever o texto dizer aquilo que diz. Assim, o maior de todos os ironistas, Swift, redigiu, durante uma das fomes na Irlanda, e como sátira brutal à Inglaterra, um breve escrito propondo uma solução para essa fome. Propõe que os irlandeses comam os próprios filhos. Examina com grande seriedade o problema, e expõe com clareza e ciência a utilidade das crianças de menos de sete anos como bom alimento. Nenhuma palavra nessas páginas assombrosas quebra a absoluta gravidade da exposição; ninguém poderia concluir, do texto, que a proposta não fosse feita com absoluta seriedade, se não fosse a circunstância, exterior ao texto, de que uma proposta dessas não poderia ser feita a sério.
A ironia é isto. Para a sua realização exige-se um domínio absoluto da expressão, produto de uma cultura intensa; e aquilo a que os ingleses chamam detachment — o poder de afastar-se de si mesmo, de dividir-se em dois, produto daquele "desenvolvimento da largueza de consciência" em que, segundo o historiador alemão Lamprecht, reside a essência da civilização. Para a sua realização exige-se, em outras palavras, o não se ser provinciano.
O exemplo mais flagrante do provincianismo português é Eça de Queirós. É o exemplo mais flagrante porque foi o escritor português que mais se preocupou (como todos os provincianos) em ser civilizado. As suas tentativas de ironia aterram não só pelo grau de falência, senão também pela inconsciência dela. Neste capítulo, "A Relíquia", Paio Pires a falar francês, é um documento doloroso. As próprias páginas sobre Pacheco, quase civilizadas, são estragadas por vários lapsos verbais, quebradores da imperturbabilidade que a ironia exige, e arruinadas por inteiro na introdução do desgraçado episódio da viúva de Pacheco. Compare-se Eça de Queirós, não direi já com Swift, mas, por exemplo, com Anatole France. Ver-se-á a diferença entre um jornalista, embora brilhante, de província, e um verdadeiro, se bem que limitado, artista.
Para o provincianismo há só uma terapêutica: é o saber que ele existe. O provincianismo vive da inconsciência; de nos supormos civilizados quando o não somos, de nos supormos civilizados precisamente pelas qualidades por que o não somos. O princípio da cura está na consciência da doença, o da verdade no conhecimento do erro. Quando um doido sabe que está doido, já não está doido. Estamos perto de acordar, disse Novalis, quando sonhamos que sonhamos.

Fernando Pessoa, in 'Portugal entre Passado e Futuro'

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
literal disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
literal disse...

as m/ desculpas,mas passei-me

Comissão de Moradores do Largo das Calhandreiras disse...

Acontece a qualquer um... :)

Anónimo disse...

O meu comentário foi retirado porquê?
Será que já acabou a Liberdade?
Umns podem dizer o que querem e outros devem ser calados?

Anónimo disse...

Quem será o Sr. Anarcabe, que pode dizer o que quer?
Quem é a CMLC, a inquesição do sec. 21?

Comissão de Moradores do Largo das Calhandreiras disse...

Foi eliminado um comentário do(a) Anarcabe tendo o mesmo(a) reconhecido a inoportunidade desse comentário. Outros há que insistem no insulto gratuíto, sem reconhecerem o erro, e tal não é admissível neste Largo que é de todos (dos moradores e dos que o queiram apenas frequentar)! Se chama a isso censura, então os comentários foram censurados. Mas com um lápis preto e não azul, que o azul era o da ditadura e este Largo foi libertado do fascimo na madrugada de 25 de Abril de 1974!

Já agora, a CMLC é uma comissão eleita democraticamente pelos seus moradores. Se o Sr.(a) também for morador, pode candidatar-se e nessa altura, caso vença, pode admitir todo o tipo de comentários de índole insultuosa.

Anónimo disse...

À Comissão de Moradores do Largo das Calhandreiras- partilho totalmente com o vosso artigo.
Penso que este espaço serve para partilhar ideias,opiniões e não para comentarios insultuosos.
Quero afirmar que muito já aprendi com este espaço,por vezes tras artigos de grande actualidade e oportunidade. Continuem...

Anónimo disse...

Há que defenir o que é um insulto!!
Se discurdar é insulto então há que apurar quem primeiro diz o quê!!

Anónimo disse...

Já agora gostava de ver a acta da eleição da CMLC e quando acaba o mandato.
Eleita democraticamente por quem, de braço no ar ou por voto secreto??
Que idade tinha o amigo quando se deu o 25 de Abril??
É tão bonito dizer mal por dizer!!
Gostava de ver os amigos a darem a cara na praça pública e não escondidos, á velha moda do antigamente.

Anónimo disse...

A estes dois últimos anónimos, eu, que acompanho este Fórum desde o primeiro dia e não pertenço à Comissão do Largo das Calhandreiras, tenho de lhes dizer que faziam muito melhor figura se estivessem calados!
Não é preciso dar muitas voltas à imaginação para vermos de que lado chovem estas pseudo inquietações censórias.
Que continue a Comissão na senda que vem trilhando. O Largo é incómodo? Pois que o seja. É essa a sua função.

literal disse...

Eu tenho algum cuidado a escrever. Gosto de ver e de ler algo bem escrito. Tería interesse ver neste largo, alguma preocupação com a escrita. Não é por estar a escrever um blogue que se deve facilitar, escrevam melhor por favor... especialmente se querem reclamar.

já que estamos na época...Saravá, companheiros, Saravá!!!!!!!

Anónimo disse...

Será que o Anarcabe encontrou problemas no meu escrito?
De resto, não posso estar mais de acordo com o que ele aqui diz.

Um Saravá também, para todos. Presentes e ausentes...

literal disse...

Não Pirolito, não tem nada a ver com a sua pessoa, no entanto obrigado no que me diz respeito.
Saravá.