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segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Revista de Imprensa

"Sectores da cerâmica e vidro perderam mais de 20 mil empregos"

Os dirigentes regionais do PCP revelaram, ontem de manhã, que, nos últimos cinco anos, os sectores da cerâmica e do vidro empurraram para o desemprego cerca de 20 mil trabalhadores.
Essa preocupação dos dirigentes comunistas foi transmitida ontem de manhã, durante um périplo que fizeram a várias empresas do distrito, nas áreas da cerâmica e vidro, que despediram milhares de trabalhadores.
Uma das empresas visitadas pela comitiva, que encerrou portas em 2005, deixando noo desemprego 48 funcionários, alguns deles com mais de 25 anos de trabalho, foi a Plásticos Lena, na Gândara dos Olivais, Marrazes.
António Marcelino, dirigente sindical, lamenta que a ex-administração da empresa não tenha pago o subsídio de Natal de 2004, o vencimento do mês Janeiro e parte do de Fevereiro de 2005 e as respectivas indemnizações.
“Existiam encomendas e o sector dos plásticos não é daqueles que está em crise, por isso só podemos concluir que houve gestão danosa”, ataca o dirigente sindical, adiantando que a compra das instalações em hasta pública foi feita pelo ex-proprietário.
“Isto é inadmissível que aconteça e os trabalhadores estão sem receber as indemnizações”, acrescenta. Um dos trabalhadores, presente no encontro, adiantou que existem casais ex-trabalhadores que augardam pelo pagamento de 50 mil euros de indemnização.
Para Vitor Fernandes, dirigente comunista, o caso dos Plástico Lena é idêntico ao de outras empresas do distrito, que encerraram portas por alegada “má gestão” e por não conseguirem suportar a crise internacional, na área da cerâmica, como é o caso da Raul da Bernarda, em Alcobaça.
Os cerca de 100 trabalhadores desta cerâmica aguardam pelo processo de reestruturação em curso, tal como revelou recentemente ao Diário de Leiria um dos administradores. “Esperemos que a empresa regresse à laboração, embora estejamos um pouco cépticos em relação ao futuro”, afirma Vitor Fernandes.

Mais apoios às Pequenas
e Médias Empresas
Uma das soluções apontadas por Vítor Fernandes para evitar o encerramento de mais empresas - segundo dados revelados pelos comunistas nos últimos cinco anos encerraram no distrito 300 unidades industriais-, passa pela criação de uma linha de crédito de apoio às Pequenas e Médias Empresas, para que possam reestruturar-se e manter os postos de trabalho.
“Não basta anunciar medidas. É necessário colocá-las em prática porque, caso contrário, o futuro não será nada risonho”, sustenta.
Nos últimos cinco anos das cerca de três centenas de empresas, destacam-se a Secla, A Pastoret, La Faubourg, nas Caldas da Rainha), Damâso (Vieira de Leiria, Os Pereiras e a Louçarte, em Valado dos Frades, a Canividro, Vitroibérica, Mortense e LEPE (Marinha Grande).


(surripiado do Diário de Leiria)

6 comentários:

Anónimo disse...

Emboa verdade, so podemos mesmo verificar que demoram e tardam.....

Será que só agora é viram que esses dois sectores estão a desaparecer a um ritmo alucinante? matanod toda uma historia, toda uma fonte de receita e assim perder um canal de exportação do nome de Portugal?

Pois, assim parece, e mais uma vez ficamos com a confirmação pelos factos que sejam Sindicatos, Sejam Partidos politicos, só acordam para a realidade quando exsitem outras motivações associadas, ELEIÇÕES, ETC
Porque os Sindicatos têm mais que obrigação de conhecer, alertar para o que se vive na industria. Sim, o denunciar a catastrofe que se vive, é tb defender os trabalhadores, não é como pensam erradamente, defender os interesses dos detentores do capital dessas empresas!

Continuamos numa logica e a fazer leituras com variantes de estrema esquerda mal assumida, que os patrões naõ são precisos, pois o importante são os trabalhadores!
o que seriam uns sme os outros? o que se vive!!!!!! NADA, nem para uns nem para outros!

Deixemos de demagogias, Deixemos de guerras sem sentido, e unamos as forças, os esforços para tentar manter o que resta e se possivel, retomar oq ue se perdeu, se naõ tudo o que for possivel!

Anónimo disse...

A ter como verdadeiras as afirmações feitas na comunicação social, documentadas com pseudo recebidos emitidos pelos Sindicatos, a comissão de 10% das indemnizações recebidas pelos trabalhadores e cobradas pelos Sindicatos em casos de insolvência que diligentemente os representantes dos trabalhadores aceleram, dá uma pipa de massa.
Como os sindicatos são satélites do PCP, temos aqui uma fonte de receita maior do que a Festa do Avante.
E esta hem!

Anónimo disse...

Como se podem fazer afirmações com tanta gravidade, como ao mesmo tempo demonstrativas de tanta ignorância........

sito:"sector dos plásticos não é daqueles que está em crise..."

Como se pode dizer isto?, se o plástico é um derivado do petróleo, e se todos nós sentimos em cada dia a flutuação de preços, como podem as empresas gerir tamanhas oscilações, e aguentar os preços fornecidos aos clientes, e que por regra devem ter um período de validade por um ano, até se puderem actualizar preços, isto quando os clientes aceitam!!!!

Lamentavel, que sejam proferidas estas palavras e dramático que devendam estas ideias.....

Comose diz num anuncio comercial, "...so pode ser obra de um iluminado!!!!"

Naturalmente, que dada a força e a convicção dos discurso, perdem o controlo e os filtros, e logo aproveitam para disparar com uma máxima, que aprenderam a dizer quando abandorama outras que ficaram obsuletas: Luta de classes, Reforma agrária, etc,etc,etc

Mas centrando-nos das doutas palavras da destacada figura, pergunto eu: má gestão! que quer dizer?
Será que cada trabalhador não é uma peça dessa má gestão?
Será que cada acto ou atitude tomada de forma errada, opção mal feita, não é um acto de má gestão, embora individual? que tudo somado traduz num resultado global?

Meus Senhores, abandonem receitas dos idos tempos de 75, lembrem-se que estamos no Sec XXI, e que não é por falaram muito e pouco dizerem que conseguem atirar areia para os olhos de todos, nem é assim que vestem o papel de cordeiro....

Mais, deixem-se de complexos
Deixem-se de papeis que não vos pertencem, nem por direito nem por moral, porque se defendem os trabalhadores, digam onde está um exemplo de uma empresa criada, gerida por um sindicado que sirva de exemplo vivo, mostrando possível tudo o que querem que as empresas promovam aos trabalhadores, não olhando a meios nem a custos.

Nada de mais nobre e demonstrativo das convicções dos sindicatos que formarem uma cooperativa e agarrarem uma dasempresas que dizem viaveis e demosntrar a tudo e a todos que a levam a bom porto! isso seria sim a mlehor arma e a melhor prova que teriam de mostrar a força e verdade das prospostas que defendem.....
Mas claro, isso seria impossivel, se tantas e tantas vezes sabemso e assistimos às lutas de lugares.....como não seria o gerirem uma empresa!

Era tempo de terem essa coragem, e como diz o ditado à Mulher de César não basta ser séria, é preciso parecer! ou também podemos relembrar outro: Faz oq ue digo e não faças oque faço!

Sinto que a falsa moralidade, a diferença entre os actos e as ideias, algo que deixa revoltado qualquer um, daí que é tempo de todos dizerem a estes SENHORES CHEGA!

Anónimo disse...

"Nos últimos cinco anos das cerca de três centenas de empresas, destacam-se a Secla, A Pastoret, La Faubourg, nas Caldas da Rainha), Damâso (Vieira de Leiria, Os Pereiras e a Louçarte, em Valado dos Frades, a Canividro, Vitroibérica, Mortense e LEPE (Marinha Grande)".

Mas será que ninguém vê o que estas empresas têm em comum?!

Será que ninguém vê que em todas estas insolvências houve interesses especificos para as mesmas ocorressem?!

Por que motivo a Secla fechou quando era a maior empresa de cerâmica do país? Por que motivo a Pastoret fechou quando o seu "dono francês" conseguia fazer pagamentos pordebaixo da mesa já depois de o tribunal fechar a empresa?! Por que motivo a Dâmaso fechou quando era a empresa com maior quota de vidro utilitário a nível europeu e, ainda por cima, "alimentava" meia dúzia de "cabeças pensantes" que a descapitalizaram até ao tutano (não sem antes comprarem meia dúzia de carros de luxo...)?! Por que será que a Mortensen fechou para lá continuar a laborar a JMGlass?!

Meus caros calhandreiros, acordem!!!

Por que será que o Sindicato Vidreiro tanto lutou para que a Mortensen fechasse e nem se ouviu quando aconteceu o mesmo à Vitroibérica? Por que será que o Sindicato dos Quimicos continua a falar na Plásticos do Lena quando era empresa apenas existia para criar dividas fiscais? E esqueceu-se do "assalto" que combinou fazer às instalações juntamente com um 3.º já depois de o tribunal ter ordenado a apreensão de todos os bens que se encontravam nas instalações da empresa?

Coloquem a Policia Judiciária e o Ministério Público a investigar estas (e outras...muitas outras...) insolvências e, acreditam, vamos conseguir diminuir consideravelmente o n.º de insolvências na região.

Acreditem no que vos digo...com insolvências "a pedido" também eu consigo ser empresário...com indemnizações pagas pelo Fundo de Garantia Salarial também eu consigo ser dirigente sindical...Mas, acreditem também, prefiro continuar por aqui, a calhandrar...

Anónimo disse...

Já anteriormente eu havia dito que Canividro, Vitroiberica, Manuel Pereira Roldão, etc eram governadas por testas de ferro e na altura fui acusado de levantar falsos testemunhos. Vale que o tempo lá me vai dando razão...

Outro excelente exemplo da acção dos sindicatos em Portugal é o fecho da Opel da Azambuja: com tanta guerra e intransigência, a única coisa que conseguiram foi o fecho da empresa e atirar mais uns trabalhadores para o desemprego. Mais tarde, e como na Opel deu "barraca" (já repararam que "barraca" é um ponto de honra do PCP?), na negociação com a Volkswagen, já se trabalhou de maneira diferente e até se ganhou a produção do novo modelo...

Anónimo disse...

É na verdade fantástico como tantos sabem de tudo e sentem-se no direito de fazerem afirmações gratuitas, sem fundamento e principalmente sem perceberem NADA de NADA.

Se o que dizem pode ter alguma, REPITO alguma razão, a razão fundamental e verdadeira para os encerramentos referidos, os aspectos focados, não passam de gotas de água num OCEANO muito vasto.

Mas, existe um aspecto que tem de ser dito, e que a ele não podem fugir à responsabilidade de cidadãos responsáveis: Se sabem, se têm provas dessas fraudes, APRESENTEM-NAS, essa sim é a obrigação de quem é de BEM!!!

Muito se posso dizer, muito se pode afirmar, mas a verdade.....essa doi.....essa é dura de assumir e pode até causar vergonha, mas essa vergonha é a todos nós.

Porque todos os intervenientes, Gestores, Trabalhadores, Sindicatos, Partidos Politicos, Governo, Dirigentes Associativos, Autarcas têm responsabilidades, até Governantes e Oposição.

Por isso meus Senhores, enquanto se teimar em falar do passado, apenas na lógica da lavagem de roupa suja, tão ao gosto de Potugal e especialmente da Marinha Grande, nada mudará e continuarão a levantar falsos problemas e apontarem razões falaciosas, servindo assim só para distrair das reais razões e potenciando que mais empresas possam entrar pelo mesmo caminho.

Só espero estar enganado, mas daqui a 15 ou 20 anos, estaremos cá e poderemos nessa altura verificar que o que se vive hoje era apenas o inicio de uma catastrofe.