O vereador Artur Pereira de Oliveira entregou na segunda-feira o cartão de militante do PSD, gesto que justificou com “falta de democraticidade” dentro do partido, que ajudou a fundar na Marinha Grande. Na terça-feira “devolveu” os pelouros ao presidente da autarquia, mas acabou por reconsiderar a sua posição depois de Alberto Cascalho lhe ter expressado a sua confiança. Desempenha agora essas funções como independente.
Artur Pereira de Oliveira esclarece que não sai por razões ideológicas, mas por não concordar com as atitudes da Comissão Política Concelhia e da Comissão Política Distrital do PSD.
São várias as queixas apresentadas em relação à Comissão Política Concelhia. A começar por ter sabido, há cerca de seis meses, que lhe tinham retirado a confiança política pela comunicação social, passando por “acusações difamatórias nos jornais” e, mais recentemente, por não o terem convidado para a apresentação dos candidatos da Marinha Grande às autárquicas.
“É dentro do partido que as coisas se devem resolver. As coisas foram-se tornando cada vez mais graves, inclusivamente com insultos na Assembleia Municipal por elementos do PSD, que demonstraram um total desconhecimento das matérias de que me acusaram”, explica Artur Pereira de Oliveira, em alusão a dossiers como a Simlis, TUMG, saneamento básico e mercado municipal.
Mal-entendidos
Em relação à Comissão Política Distrital, o vereador do PSD lamenta que nunca tenha promovido uma reunião consigo e com a concelhia para esclarecer o que considera serem “mal-entendidos”. “A distrital é responsável por não ter tomado decisões atempadamente para evitar estas questões desagradáveis.”
Apesar de considerar que os políticos não se reformam, Pereira de Oliveira afasta uma eventual candidatura à autarquia como independente. “Com 75 anos ainda me sentia com coragem para mais.” Contudo, revela que está empenhado em contribuir para a resolução dos “graves problemas económicos e sociais” no concelho, enquanto munícipe. “A social-
-democracia é isso mesmo, e não estar à procura de tacho.”
Apesar de não ter esclarecido se irá votar no PSD nas autárquicas, Pereira de Oliveira afirmou ter “simpatia” pelo cabeça de lista, António Santos, por ser uma “pessoa capaz e com valor”. Em relação aos resultados eleitorais, desejou que “ganhe o melhor para o bem da Marinha Grande”. n
Alexandra Barata
Concelhia reage com indiferença
“Não atribuímos muita importância a esse episódio, porque já nos tínhamos demarcado da sua postura enquanto vereador do PSD. Estava demasiado colado à CDU, independentemente das nossas posições. ”É desta forma que Manuel Teles, presidente da Comissão Política Concelhia do PSD da Marinha Grande, reage ao afastamento de Pereira de Oliveira. Teles deixa claro que a sua desvinculação foi uma decisão pessoal, para o qual não foi forçado. n
(surripiado do Jornal de Leiria)
3 comentários:
“Não atribuímos muita importância a esse episódio, porque já nos tínhamos demarcado da sua postura enquanto vereador do PSD."
Em ciência política isto chama-se "tirar o tapete ao gajo". Faço-me entender?
Ou anónimo eu acho que não!!
O "gajo" nem tapete "tinha", quanto mais "tirar-Lo".
Um homem que mente da forma como esse "gajo" mente, acho que nem o tempo que se perde a falar dele o merece!!
O queria esse Sr.?? Que a Distrital viesse fazer à Marinha Grande, a mesma que não o queria como Candidato em 2005? Ou queria que a referida Distrital viesse por ai retirar a confiança politica à CPS da Marinha Grande? Ou queria igual actuação à Sua, quando esse Sr. chegou a propor ao Partido abertura de um processo ao Manuel Teles?
Que vergonha, ir a uma Assembleia Distrital do Partido na expectativa de ver se ainda tinha algum apoio, francamente!!
E queria este homem ser de novo candidato em 2009?? Realmente, vergonha não Lhe falta!!
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