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DECLARAÇÃO DE INTERESSES
. Nós não quisemos ser cúmplices da indiferença universal. E aqui começamos, serenamente, sem injustiças e sem cólera, a apontar dia por dia o que poderíamos chamar – o progresso da decadência. Devíamos fazê-lo com a indignação dramática de panfletários? Com a serenidade experimental de críticos? Com a jovialidade fina de humoristas?
. As Farpas (Maio de 1871)
Localizado no coração da Marinha Grande, o largo que actualmente apresenta o topónimo de Largo Ilídio de Carvalho (antigo Largo do Magalhães ou Largo da Fonte), ficou conhecido pelo Largo das Calhandreiras em virtude de ser local e ponto de encontro para uma das mais apreciadas, saudáveis e seculares tradições do povo desta terra – a calhandrice.
. Durante 5 anos cumpriu-se esta genuína tradição!
6 comentários:
Pela experiência que tenho em observar a actividade sindical neste país, espero que com estas greves não se vá incentivar empresas a deslocalizar para outros países.
A greve é um direito constitucional e inalienável que só deve ser utilizado em último recurso. Veja-se dois casos recentes: a OPEL da Azambuja cujos responsáveis sindicais, ao invés de propor medidas para manter os postos de trabalho, dispararam logo para a greve ajudando a decidir a empresa pela deslocalização e consequente desemprego e no outro extremo a Autoeuropa que com o que me pareceu ser uma boa estratégia conseguiu convencer a administração a deixar cá a produção de um novo modelo e a manter os postos de trabalho com aumentos de remuneração.
Sinceramente espero que este sindicato esteja a partir para a greve depois de esgotadas todas as alternativas ou corre o risco de conduzir os trabalhadores em protestos que os conduzirão ao desemprego e não ao aumento de salário que pretendem.
Já fui funcionário da empresa Santos Barosa na parte da embalagem(ou paletização) e do que aprendi, verifiquei que os custos da energia neste sector representam um valor enorme. Sabendo que o petróleo está a subir em flecha, os custos das empresas acompanham esse aumento. Também sei que o custo de vida aumenta para os funcionários e é por isso que acho que se deve encontrar um meio termo e não extremar posições.
Sempre ouvi dizer que "Todo o burro come palha...é preciso é saber-lha dar."
...e olhem que esta rapaziada já não é nada mal paga!
Mais uma vez o Sindicato/PCP, não perde a oportunidade de cavalgar as ondas de contestação, de forma oportunista e irresponsável. O grande problema é quando a onda rebenta e eles se estatelam na praia, como já aconteceu com as empresas que ajudaram a encerrar.
Seria bom que o PCP/Sindicato informassem a população do nível salarial que se pratica nestas empresas que trabalham por turnos, para que nós os comparássemos com a generalidade dos trabalhadores deste País.
Será que 3% de aumento não será aceitável, numa altura em que, mais do que lutar por melhores salários, deveremos lutar por manter os postos de trabalho.
Este PCP e a sua correia de transmissão nunca mais aprendem.
Os lucros destas empresas tem aumentado entre 0s 15% e os 25%, os sálarios aumentarem 3,8% como os trabalhadores reivindicam é de facto uma coisa que fará a empresa entrar em recessão...
Tenham, dó!
Caro anónimo das 17:16:
Por acaso sabia qua ao aumentar o salário de um funcionário em 3,8% esse salário custa á empresa bem mais que isso? Quando a média de salários destas empresas anda na orla dos 800 ou 900€, esses funcionários irão receber no fim cerca de 30€ a mais, mas a empresa desembolsará cerca de 50 ou 60€ por cada um. Ou seja, cerca de 20% mais em cima do aumento líquido. Sendo assim, isso chega para criar um rombo nos lucros e, consequentemente, nos investimentos futuros.
A ideia que "Eles têm muitos lucros então podem dar aumentos grandes" não é de todo correcta. Porque ganhar bem e ter más condições de trabalho ou instalações degradadas não deverá ser a vontade de um trabalhador... Essa ideia é mesmo de quem só pensa numa parte e não num todo...
Isto é o mesmo que pregar no deserto.
Esta gente Sindicato/PCP não pensa.
As dificuldades porque passa a economia do Concelho já os deveria ter despertado para coisas que são óbvias. Os resultados das empresas, numa economia aberta, podem este ano ser bons e para o ano serem um desastre. Manda a prudência que se faça uma gestão rigorosa dos recursos financeiros disponíveis e se aproveitem os meios libertos dos anos favoráveis para fazer investimentos que consolidem as empresas e as mantenham competitivas. Ao que se vê e se sabe, todas estas empresas têm feito grandes investimentos.
Se as empresas não se modernizassem, se houvesse sinais de descapitalização ou de distribuição anormal de dividendos pelos seus accionistas, aí sim, o Sindicato/PCP deveria intervir denunciando essa hipotética gestão danosa. Mas isto seria pedir de mais a quem pautua a sua actividade pelo calendário político de um partido.
A hora é favorável à agitação, às greves e às bandeiras negras, logo vamos a isto que se faz tarde e assim se mandam para o charco milhares de postos de trabalho.
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