Se já era estranho que o programa eleitoral do PS não se referisse, nem por uma única vez, à empresa municipal de transportes, quanto às alterações agora operadas na lógica de funcionamento do conselho de administração e face à ausência (para já) de qualquer informação complementar, as dúvidas são mais do que muitas quanto à sua bondade.
Como é público, até agora o conselho de administração da TUMG tem sido presidido por um vereador, o qual tem desempenhado essas funções sem qualquer vencimento. Porque será que agora se recorre a alguém exterior com o correspondente aumento de custos para a empresa? Será que o que se perspectiva para o futuro da TUMG assim o exige? E quais os critérios objectivos quanto ao perfil do gestor sobre quem recaiu a escolha? Será que a sua entrada corresponderá a uma alteração de estratégia da empresa e que essa alteração dependerá do seu contributo? Qual a mais-valia para a TUMG dessa decisão que será invitavelmente política?
Estas e muitas outras perguntas podem e devem ser (legitimamente) colocadas sobre o modelo de funcionamento de uma empresa que, no presente, se limita a subcontratar serviços de transportes públicos e cujo quadro de pessoal é composto na sua maioria por administradores, o que não deixa de ser suigeneris.
Não posso por isso estar mais de acordo com os bitaites num post anterior da autoria do Carlos Logrado (pessoa por quem tenho a maior estima e consideração) e os quais subscrevo quase integralmente, sugerindo que a nossa comissão de moradores lhes dê o destaque que merecem.
É com grande expectativa que aguardo os desenvolvimentos e os esclarecimentos que se impõem.
3 comentários:
Que fotografia linda - é um administrador para cada viatura.
Breve temos de comprar uma para o Fiscal Único. E depois o motorista.
Terça-feira, Janeiro 26, 2010
A administração da TUMG, notas breves
O frenesim à volta da constituição do Conselho de Administração da TUMG é, de todo, injustificado, por razões fáceis de explicar.
Até aqui a TUMG não tinha presidente do CA (havia apenas uma caricatura) situação que causou dificuldades e prejuizos ao concelho da Marinha Grande. Decisões erradas, indecisões sobre medidas fundamentais para a qualidade de vida do cidadão e uma total ausência de gestão. Decisões erradas ou indecisões são, portanto, como é bom de ver, custos.
Ao contrário do que se diz aqui, não há agora um novo CA, há apenas um novo presidente já que, sem o crivo e a aprovação da câmara, o CA da TUMG se remunerou a si próprio.
Ora acontece que era necessário um novo presidente do CA, dada a necessidade da empresa ser gerida com eficiência e avançar para a concretização de medidas inscritas no seu objecto social e que têm vindo a ser adiadas. Dizem os estatutos que a TUMG remunera o presidente do CA com um vencimento 85% do salário de um vereador, foi isso que foi feito. Poder-se-à dizer ou argumentar que a caricatura de presidente que antes existia não era remunerado porque era vereador, mas acontece, é bom lembrar, que este executivo tem um vereador, em regime de premanência, a menos que o anterior e, por essa razão, é compreensível que a Câmara supra essa lacuna preenchendo o CA da TUMG. Não é exequível, sob pena de nada se fazer bem, que dois vereadores façam o trabalho de três e ainda acumulem a presidência de uma empresa municipal.
No meu entender o que é preciso são resultados sem, como é óbvio, proceder a gastos exagerados mas a verdade é que, mesmo com um presidente do CA da TUMG remunerado, os custos deste executivo municipal são muito inferiores aos do executivo anterior.
Por fim a escolha da Câmara merece o meu aplauso dado que o Dr Rui Pedrosa é um profissional qualificado, competente e que, por onde passa, deixa uma marca de qualidade. Estou certo que também aqui isso se vai passar.
Um custo que se transformará em proveito.
João Paulo Pedrosa
Ò Barbas Pedrosa,
não era preciso um elogio tão grande. Ainda me afogo na baba.
Como agradecimento, pago-te uma mariscada (com $$$ da TUMG, claro).
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