O grupo de estudo que vai analisar a necessidade e a viabilidade da utilização da Base Aérea (n.05) de Monte Real para a aviação civil espera apresentar o relatório final em Março do próximo ano. O anúncio do prazo para a conclusão do estudo, a cargo do Fórum Centro Portugal, foi revelado quinta- -feira, na sede da Associação Empresarial da Região de Leiria (Nerlei), na cidade do Lis, por António Pais Antunes, coordenador do estudo.
Com a presença do secretário de Estado das Obras Públicas e Telecomunicações, Paulo Campos, o coordenador do trabalho apresentou os 10 capítulos que compõem o estudo, que irá concluir se é, ou não viável, a abertura da Base Aérea de Monte Real à aviação civil. Um dos itens do estudo, que terá o apoio do MIT-Portugal, contempla uma análise da importância dos aeroportos no desenvolvimento regional, tendo por base de referência algumas infra-estruturas regionais existentes em Espanha, Suíça, Itália e EUA.
Outro dos capítulos passa pela avaliação dos custos para a adaptação da BA5 à aviação civil e as vantagens e desvantagens de uma infra-estrutura com aquelas características na região Centro do País.
“A vertente, se não se fizer nada [não abertura à aviação civil] também vai ser analisada”, afirmou Pais Antunes, o rosto do estudo, cujo relatório preliminar será apresentado no próximo mês de Outubro, de acordo com a grelha de calendarização apresentada ontem.
Primeira ideia de abertura à aviação civil surgiu em 1982
António Pais Antunes lembrou que a primeira ideia de abertura da BA5 à aviação civil foi avançada em 1982 por Manuel Porto, então presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro (CCDRC), cujo director de serviços daquela instituição era o coordenador do estudo.
“Confesso que, na altura, não via com bons olhos essa possibilidade, mas em 1986, quando entrámos para a CEE, e actualmente, sinto que estaríamos muito melhor se a infra-estrutura já existisse”, sustenta.
O docente universitário salientou que a Região Centro é a que está “menos bem servida” de infra-estruturas aeroportuárias. “Se formos de Lisboa para o Algarve temos um aeroporto a 150 quilómetros, se fomos do Porto a Vigo temos outra infra-estrutura à mesma distância, e entre Porto de Lisboa não temos nada”, referiu Pais Antunes.
Manuel Queiró, do Fórum Centro Portugal, considerou que o estudo só foi possível com a “convergência de esforços” do Governo e de todas as forças políticas, que aprovaram, por unanimidade, na Assembleia da República, o avanço do estudo suportado por fundos comunitários (ler caixa).
O grupo de trabalho é constituído por professores universitários de Aveiro, Coimbra e do Instituto Politécnico de Leiria (IPL), entre outros investigadores, além de representantes da ANA - Aeroportos de Portugal, da NAV Portugal, do Instituto Nacional da Aviação Civil e da Força Aérea Portuguesa.
(surripiado do Diário de Leiria)
15 comentários:
Estamos em ano de eleições.Os estudos vão aparecer e valem o que valem ou, o que se pagar por eles.
Desde que me lembro (mais de 30 anos), se fala em abrir o aeroporto de Monte real (militar)a usos civis e nada.
Agora que em Fátima existe uma possibilidade, que a Igreja apadrinhará, bem como todos os concelhos limítrofes, cá vem novamente para mim, a "utopia".
Uma coisa é certa com pias ou sem pias, Monte Real é muito superior à solução de Fatima. Monte Real tem todos os meios necessários, além de já lá terem aterrado voos civis.
A adaptação para civis é mais que barata, basta um enorme hangar, para pessoas e bagagens, incluindo os serviços aeroportuários tudo construído do lado poente, e nem interferências existem com a parte militar.
É tudo uma questão de querer. Agora o lóbi Portela + 1, ou simplesmente o novo em Alcochete, tem muito a ver, ou será que não?
Alcochete é um logro do tamanho do mundo!
Bolas, estava a ver que nunca mais vendia por bom preço uns terrenozitos que comprei há uns tempos quando o Santana Lopes cá veio anunciar a tal abertura à aviação civil... estava a ver que me lichava como aqueles investidores que compraram por balurdios terrenos na Ota...
Eu sou mais realista e menos sonhador.
Quero a linha do Oeste electrificada, com horáruios dersajustados e corrigido o seu traçado de modo a que possa ser um meio de comunicação eficaz para pessoas e mercadorias e não o mono em que se está a transformar.
O que se gastar na BA5 MOnte Real é dinheiro deitado fora.
Ninguem vem a Monte Real para ir para Fátima, pois está quase à mesma distancia de Lisboa.
Os lobbyes tambem se abatem com racionalidade.
http://www.youtube.com/watch?v=kmjyTucpuHE
oLHA QUE O "NÃO ME FECUNDEM" TEM UMA BOA MEMÓRIA!
EFECTIVAMENTE, NO DIA 19 DE OUTUBRO DE 1978, DEU ENTRADA NA MESA DA ASSEMBLEIA DA RÉPUBLICA E APRESENTADO POR DOIS DEPUTADOS ( UM ELEITO PELO DISTRITO DE LEIRIA E OUTRO POR COIMBRA (DA FIGUEIRA DA FOZ) UM REQUERIMENTO QUE DIZIA:
"Considerando que a região centro do País não dispõe de nehum aeroporto civil que permita utilização pelos aviões normalmente utilizados em voos charters;
considerando que se torna essecial para o desenvolvimento do turismo nas regiões de Leiria e Coimbra a abertura da Base Aéreanº 5 (Monte Real) ao tráfego Cívil;
considerando que essa abertura poderá também constituir um apoio à promocão das actividades exportadoras das indústrias da Região,
Requeremos que o Governo, através dos Ministérios da Defesa Nacional, Finanças e Plano,e Transportes e Comunicações, nos informe quais as medidas já tomadas e quais as previstas com vista à solução do problema."
PELOS VISTOS JÁ DESDE ESSA ALTURA QUE SE FALA DO ASSUNTO...
E bom que não esqueçamos que, salvo o erro, no 1º Congresso da Indústria de Moldes, uma das conclusões apontava para o interesse que a abertura da BA5 tinha para o desenvolvimento da economia da Região Centro.
Infelizmente as barreiras foram sempre mais que muitas e o facto de esta base estar ligada às estruturas da NATO, deve ser, digo eu, uma barreira intransponível... ou quase.
Mas vamos esperar, sentados, para ver.
Aquela kaka é dos militares, ponto final.
Olhem que não, olhem que não, já no tempo do Eng. Guterres havia protocolo, depois com o Dr. Santana, ficou por lá ½ protocolo.
E a parte civil, nada tem a ver com a parte militar!
Monte Real, tem todas as condições, incluindo pista, no dia 22/4/09 sabem por acaso, onde aterrou aquela "coisa" grande que sobrevoou parte da nossa Marinha.
Já há muito, que aterram voos civis em Monte Real, e como o tal dito requerimento atesta, ainda hoje, tínhamos mais a ganhar do que a perder, quer em transportes de pessoas e bens, quer em serviços e mais acessibilidades, além de que a nova variante de Monte Real com ligação A17 e por sua vez, ligação A1, qualquer pessoa ou mercadoria chega primeiro a Fátima de que de Pias a Fátima.
A quando da construção da A17, nem uma passagem desnivelada ou um túnel para acesso, junto da nova estação? do TGV, no limite do nosso Concelho foram capaz de negociar, passagem essa, que servia para o progresso e desenvolvimento entrarem de borla no nosso Concelho, quanto mais serem capaz de reclamar a abertura total há aviação civil.
Temos tudo e ao mesmo tempo, temos tão pouco, até de gente verdadeiramente capaz.
Tirando as meticulosas agitações sociais, as bandeiras pretas e os cordiais e distintos empurrões pelas escadas a baixo, pouco mais lhes reconheço.
Estamos a voltar à mesma.
Monte Real! Jam(é)
Monte Real, jám (é)
Lajes, non !
Figo maduro, non !
Enfin, cet lá vie ! ou non !
Vive lá France? Jamé!
A César o que é de César. A base aérea necessita ter um potencial de operacionalidade que não se compatibiliza com um aeródromo civil. Para uma aterragem esporádica ou de emergência, tudo bem. Para utilização civil regular, acho que não.
Ó Wolverine não me estrague o negócio,investi tudo o que tinha em terrenos no Pilado(a tal parte poente do estudo)se não for construido o tal hangar o que é que eu faço... bem pode ser que a Camara altere o PDM, se não estou mesmo lixado...
Caro Piladeiro:
Claro que estrago, pois a BA5 é a base com um dos maiores niveis de operacionalidade e de necessidade de disponibilidade do país.
Aproveite o terreno para semear batatas e dê uma ajudinha ao Mercado Abarracado da Marinha Grande...
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