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terça-feira, 2 de junho de 2009

LEMBRETE


8 comentários:

Anónimo disse...

já não falta tudo!

anónimo II disse...

... já faltou mais!

Lenine disse...

O PDM não é preciso para nada!!! Senão vejamos, se se pode contruir uma subestação da EDP na Zona Indústrial, se se podem contruir bombas de gasolina e mercados de barracas na Zona Desportiva, para que é que serve o dito???
PDM PARA O LIXO!!! JÁ!!!!!!!

não me fecundem sff disse...

Por acaso têm a minima noção que existem centenas ou milhares de pessoas, com projectos de vida adiados, empresas que ficaram com ampliações paradas... enfim uma aberração de incapacidades e descoordenação que tornam a Marinha Grande um mar infindável de incompetências, através dos tempos.
Só no principio deste ano, penso eu, é que foram adjudicados os levantamentos topográficos... estiveram a ver passar a banda, "santo" marasmo...

Anónimo disse...

Ao que me lembro a revisão do PDM teve inicio no mandato anterior com auscultação da população. Este Executivo revelando, também aqui, a sua incompetência e inacção parou tudo, mais uma das pezadas heranças herdadas do anterior Executivo. Por isso temos um PDM velho e caduco que não responde às necessidades de desenvolvimento do concelho. Neste PDM a Moita ainda pertence ao concelho de Alcobaça, para não falar de outras aberrações.

vinagrete disse...

As políticas de Ordenamento do Território e a sua tradução em normativos legais imperativos, são um impecilho à prática de uma política descricionária, caciquista e muitas vezes a raiar práticas ilegais de favorecimento.
Logo, não é de espantar que, quer o executivo que terminou o mandato em 2005, ano em que já devia ter deixado a revisão do PDM na sua fase final, quer este "faz de conta que é executivo", manifestem alguma resistência em definir regras claras e transparentes que o PDM, e mais ao pormenor, o Plano de Urbanização, forçosamente iriam impor.
O exercício do poder, quando mexe com as pessoas e os seus interesses, tem tendência a fazer uso de prerrogativas que lhe dão larguíssima margem de decisão, assistindo-se a decisões contraditórias, fechando um olho aqui, piscando o outro olho acolá, fechar até os dois olhos e, no limite, quando o visado é persona não grada, a arregalar os olhos e inundar o Gabinete Jurídico com processos de contra-ordenação.
Em nome da transparência e da seriedade, os cidadãos têm que exigir que quem quer que ganhe, tenha que fazer aprovar os Planos que deixem claro como se vai desenvolver a política urbanística e tornem transparente e igual a actividade da Câmara neste sector tão sensível.
Para já, dadas as circunstâncias, eu não vou dormir descansado e não tenho grandes esperanças.

Anónimo disse...

O facto do plano continuar a ser apenas e só "director" é que tem permitido uma absoluta e total politica discricionária, ilegal e arbitrária por parte dos governantes locais que acham que tem poder para produzir leis proprias (leia-se "entendimentos") em cada dia que passa e ao sabor dos "ajustes de contas" que pretendem fazer em cada caso particular. Assim se explica que com o mesmo PDM uns podem e outros não, uns fazem depressa e outros muito devagar (vejam as actas e os nº dos processos aprovados !!!), uns conseguem tudo e outros nada. Onde estaõ os planos de urbanização e planos de pormenor? O unico feito até hoje para zona urbana, o do Casal do Malta, foi para gaveta.. e deve ser para ficar por lá...

não me fecundem sff disse...

Nunca Conheci quem Tivesse Levado Porrada

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.

Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita, Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cómico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado,
Para fora da possiblidade do soco;
Eu que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu que verifico que não tenho par nisto neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo,
Nunca teve um acto ridículo, nunca sofreu um enxovalho,
Nunca foi senão princípe - todos eles princípes - na vida...

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana,
Quem confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Quem contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó princípes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!
Onde há gente no mundo?

Então só eu que é vil e erróneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos — mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que tenho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.

Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa